Academia no Pró-Paraná

Academia no Pró-Paraná

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A Academia Paranaense de Letras se posicionou contra o que a sua diretoria denominou “equívoco do governo” ao conceder a outros (neste caso, à Polícia Militar) a cessão do imóvel anteriormente pertencente à Ambev, na Avenida Getúlio Vargas.

A APL tomou esta posição não por entender que a segurança Nnão mereça ter equipamentos à altura da demanda em uma cidade do porte e importância de Curitiba, mas exatamente porque o governo anterior havia destinado o imóvel antes ocupado pela Ambev à Escola de Música e Belas-Artes do Paraná (Embap) e outras entidades no local que se convencionou chamar de “Cidade da Cultura”.

E o fez especialmente porque o imóvel havia sido concedido à Embap, que há muitos anos sofre com falta de instalações dignas, obrigando seus alunos e professores a perambularem por imóveis alugados, nem sempre em condições de oferecer a estrutura necessária ao ensino de qualidade que sempre foi motivo de orgulho para seus professores e estudantes.

O complexo da Ambev é o local adequado para receber a Escola, considerando a amplitude das edificações e sua localização, próxima ao centro da cidade e acessível ao comércio e os meios de transporte público. Até do ponto de vista econômico seria interessante, pois estimularia o comércio naquela região da cidade.

Mas, o fundamental é a cultura, orgulho desta cidade e sua referência em todo o mundo.

Dá para citar uma dúzia de grandes nomes das Belas Artes do Paraná que passaram pela Embap. E de centenas de outros, que serão muito prejudicados por este equívoco.

Aliás, na reunião do Movimento Pró-Paraná, o acadêmico Nilson Monteiro, representante da APL e que teceu esses comentários, foi precedido por Arnaldo Rebello, reitor da Unicuritiba, que mostrou, com extrema ponderação e conhecimento, as consequências danosas desta medida.

A Academia Paranaense de Letras espera que este equívoco seja sanado com serenidade e bom senso, permitindo oferecer à Escola de Música e Belas-Artes a estrutura adequada que ela merece como patrimônio da educação e da cultura paranaense.

Tudo isto foi dito nesta reunião do Movimento Pró-Paraná, no último dia 13, com a presença da superintende de Cultura do Estado, Luciana Pereira.

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