Ata da reunião ordinária de 08 de agosto de 2018

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Aos oito dias do mês de agosto de dois mil e dezoito, no 2.º andar das instalações do SENAC, à rua André de Barros, 750, realizou-se mais uma reunião mensal ordinária da Academia Paranaense de Letras, sob a presidência de Ernani Buchmann, estando presentes os seguintes acadêmicos: Eduardo da Rocha Virmond, Ernani da Costa Straube, Rui Cavallin Pinto, Guido Viaro, Adélia Maria Woellner, Renê Ariel Dotti, Albino de Brito Freire, Laurentino Gomes, Marta Morais da Costa, Nilson Monteiro, Roberto Gomes, Paulo Vítola, Dante Mendonça, Antônio Celso Mendes, Luci Collin, Cecília Maria Vieira Helm, Darci Piana, Maria José Justino, João Manuel Simões, Etel Frota, Oriovisto Guimarães, Ricardo Pasquini, Marcio Renato dos Santos e Antônio Carlos Carneiro Neto. O Presidente Ernani Buchmann saudou a todos, agradeceu a presença e apresentou os convidados da reunião: o arquiteto Manoel Coelho, o jornalista Luiz Renato Ribas e Arriete Rangel de Abreu, da SemeArte Cultura. A acadêmica Adélia Woellner procedeu à leitura do Credo Acadêmico, que foi seguida pela apresentação individual dos acadêmicos presentes. O Presidente convidou para sua palestra o arquiteto Manoel Coelho, a quem qualificou como “um dos arquitetos que moldou esta cidade”. Em sua apresentação o convidado falou de sua infância, da formação escolar e, em especial de sua trajetória universitária e profissional. Embora sua intenção fosse cursar engenharia, por uma série de motivos começou pela Escola de Belas Artes, em que foi colega de Abrão Assad, Juarez Machado, Fernando Velloso e João Osório Brzezinsky e aluno de Mossurunga, De Bona e Guido Viaro. Começou como desenhista na Gazeta do Povo e depois assumiu a Direção de Arte do Canal 6, substituindo a Juarez Machado. Quando a Universidade Federal do Paraná criou o curso de arquitetura, Manoel Coelho foi aprovado e cursou a primeira turma. Convidado por Eduardo Ceneviva fez estágio no escritório de Jaime Lerner. Participou, assim, da revolução no planejamento de Curitiba. Em 1974 estava no IPPUC e começou o projeto da PUCPR. Em 1999, a convite de Oriovisto Guimarães projetou o Teatro Positivo e a Biblioteca. Atualmente planeja a biblioteca de PUCPR para o campus de Londrina. O Presidente Ernani Buchmann afirmou que pode atestar o período brilhante da renovação urbana de Curitiba. O acadêmico Laurentino Gomes argumentou que tem curiosidade sobre as soluções inovadoras da cidade que se deram em um período político forte. E indagou sobre a relação entre democracia, urbanismo e arquitetura, acrescentando que encontrar soluções adequadas é difícil e como enfrentar a degradação que hoje se observa? Segundo Manoel Coelho, houve críticas constantes à urbanização de Curitiba em sua época, afirmando que só foi possível realizar essas inovações porque era um período ditatorial. Comentou que atualmente parece ter desaparecido nos jovens arquitetos, saídos das 14 escolas de arquitetura locais, o amor à cidade. As pessoas têm vontade, mas falta união entre esses profissionais. Não há discussões, não há um aproveitamento de grandes projetos mundiais, adaptados para a capital. Após os aplausos, o Presidente convidou o acadêmico Oriovisto Guimarães para expor suas ideias enquanto candidato ao Senado pelo Estado do Paraná. Ele começou sua fala justificando sua participação na eleição. “Sou um homem de ação e contra privilégios previstos em lei.” Discorreu sobre o déficit do governo, sobre a operação Lava-jato, sobre a elevada proporção de jovens brasileiros que, tendo oportunidade, quer sair do país. Segundo ele, há duas maneiras de roubar o dinheiro público: roubar concretamente e administrar mal. Buscará, em seu mandato, a defesa da eficiência nos gastos públicos e o fim dos privilégios. Na continuidade da pauta da reunião, o Presidente solicitou ao jornalista Luiz Renato Ribas que apresentasse seu projeto “Memória Paranaense” para o ano de 2018. O convidado expôs os objetivos do projeto, formado por uma combinação de entrevistas e depoimentos de pessoas notáveis. Um projeto sem custo e que cresceu com gravações como as de Ari Fontoura e Renê Dotti. O Presidente Ernani Buchmann afirmou que a Academia Paranaense de Letras apoia o projeto. A seguir, deu a palavra a Arriete Rangel de Abreu que trouxe a informação do projeto de SemeArte Cultura, aberta à participação de todos os acadêmicos. O Presidente designou os acadêmicos Dante Mendonça e Etel Frota para que acompanhassem os convidados em sua saída. E imediatamente deu início à segunda parte da reunião, referente à votação para o preenchimento da vaga da cadeira n.º 37. O acadêmico Albino Freire passou à leitura dos dois pareceres emitidos pela Comissão de Avaliação. Foram dois os candidatos: Ayrton Celestino e Cláudia Miller. Os pareceres descreveram a obra dos candidatos e o atendimento às normas do edital de abertura da vaga. Os candidatos foram considerados aptos a serem votados pelo plenário. A Comissão Eleitoral foi, então, formada pelos acadêmicos Guido Viaro, Etel Frota e Marcio Renato dos Santos. Foram 25 os acadêmicos votantes. O resultado da urna foi o seguinte: Cláudia Miller: 2 votos; Ayrton Celestino: 6 votos; em branco: 1 voto; nulos: 16 votos. O Presidente declarou que lamentava a decisão do plenário. Propôs a reabertura imediata do edital por mais 30 dias, que, votada pelo plenário, foi aprovada pela maioria dos votantes. O Presidente informou a respeito de alguns eventos relacionados à Academia Paranaense de Letras: o espetáculo “Acalantos de ar e pedra”, a ocorrer no SESI, no dia 10 de agosto próximo; o registro da homenagem à acadêmica Adélia Woellner, nome da Semana Literária de Pinhais (PR); a homenagem do Colégio Ateneu de Londrina ao acadêmico Nilson Monteiro. O presidente ficou de designar um acadêmico para representar a Academia em evento relativo ao Centenário do Templo das Musas, ressaltando que dia 14 de agosto os organizadores terão audiência com o Secretário de Cultura.  O Presidente anunciou que a professora Cassiana Lacerda, aguardando confirmação, fará a palestra do mês de setembro sobre o Templo das Musas, e em outubro será realizada uma palestra sobre o professor e cientista Newton Freire-Maia. A seguir foi concedida a palavra ao acadêmico Ernani Straube que apresentou a proposta do colar acadêmico a ser usado pelos membros da APL em cerimônias. O colar é constituído por “um medalhão circular metálico amarelo, estampando no anverso o distintivo da Academia Paranaense de Letras, a cores e no verso, na orla superior o nome completo da entidade, na central a data de fundação e na inferior a expressão SEMPER EXCELSIOR, tudo suportado por elos metálicos duplos de corrente, nos quais se intercalam peças ovais de azul, tendo inscritas penas de aves, de prata.” A proposta foi aprovada. O acadêmico Antônio Celso Mendes informou sobre a criação da Academia de Letras dos Militares do Paraná – ALMEPAR, à semelhança das academias de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, em evento a ser realizado no dia 28 de agosto próximo, em que ocupará a cadeira de número 1. O Presidente lembrou a realização a partir de 17 de setembro da Semana Literária do SESC e a necessidade de avisar os organizadores sobre sessão de autógrafos. A acadêmica Maria José Justino convidou para a exposição no Museu Oscar Niemeyer a partir de 5 de setembro próximo. Nada mais havendo a tratar, o Presidente encerrou a reunião da qual eu, secretária, lavrei a presente ata que vai por mim e pelo Presidente assinada.

 

Curitiba, 08 de agosto de 2018.

 

Ernani Buchmann                                            Marta Morais da Costa

Presidente                                                        Secretária

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