Ata da reunião ordinária de 13 de setembro de 2017

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Aos treze dias do mês de setembro de dois mil e dezessete, no 2º andar das instalações do SENAC, à rua André de Barros, 750, realizou-se mais uma reunião mensal ordinária da Academia Paranaense de Letras, sob a presidência de Ernani Buchmann, estando presentes os seguintes acadêmicos: Eduardo Rocha Virmond, Chloris Casagrande Justen, Adélia Maria Woellner,  Ario Taborda Dergint, Antônio Celso Mendes, Dante Mendonça, João Manuel Simões, Antônio Carlos Carneiro Neto, Flávio Arns, Guido Viaro, Albino Freire, Ricardo Pasquini, Darci Piana, Cecília Vieira Helm, Rui Cavallin Pinto, Carlos Alberto Sanches, Luci Collin e Marta Morais da Costa. Justificada a ausência do acadêmico Nilson Monteiro. Na abertura da sessão, o presidente Ernani Buchmann saudou a presença de todos e apresentou os convidados da sessão: o escritor Domingos Pellegrini Júnior, o compositor Alberto Júnior Capeletto e o professor Iran Martins Sanches. A seguir o presidente salientou que se tratava de um dia especial devido à presença de Domingos Pellegrini, um amigo de décadas, de quem traçou breve biografia: sua campanha no norte do Paraná, durante o governo de Jaime Canet para recuperar a agricultura da região, devastada pela geada e sua carreira como escritor cada vez mais representativo da cultura do Paraná. Salientou também o bom momento que vive a Academia Paranaense de Letras com a  posse de novos acadêmicos e com a disputa pela cadeira de nº 22 por três fortes candidatos. Fez uma breve homenagem ao jornalista Carlos Alberto Pessoa (Nego Pessoa), cujo papel influente na cultura do Paraná foi enaltecido e para quem o plenário da Academia aprovou um voto de pesar pelo falecimento.  Fez referência ainda ao estudo do acadêmico João Manuel Simões, publicado no Caderno Ideias, sobre o livro recém-publicado A sombra dourada, do também acadêmico Guido Viaro. A seguir passou a palavra a Domingos Pellegrini para sua exposição. Em fala marcante, o escritor estruturou sua apresentação em cinco canções que demarcaram sua vida. E expôs os diversos momentos de conflito com a realidade e com o poder. A produção literária acompanhou essa trajetória, acentuadamente na descoberta do mundo e do conhecimento de si mesmo. Culminou sua apresentação pela canção “My way” , de que realizou uma tradução pessoal, mantendo sua característica central: a grande conquista do ser humano é fazer o caminho de seu jeito. Concluiu lendo sua crônica, “Testamento”, em que afirma: “escrevi muitos livros e deixei sementes; por isso, eu primaverarei”. Foi muito cumprimentado pelos presentes e o presidente reafirmou que Domingos Pellegrini é um dos maiores nomes da literatura paranaense.  E já anunciou que, na próxima reunião do mês de outubro, a Academia receberá Mateus Bacila de Mesquita, neto do acadêmico professor doutor Metry Bacila, que fará uma apresentação a respeito da biografia do avô. O acadêmico Darci Piana discorreu sobre a atuação do SESC, com o projeto de distribuição de 9 000 CDs com composições de Alberto Júnior Capeletto, presente a esta reunião, contendo hinos e canções de cada região do Paraná, para escolas públicas e privadas. Além do projeto de recuperação do Cadeião de Londrina e das 43 000 pessoas envolvidas no projeto “Academia vai à escola”, de autoria da acadêmica Chloris Casagrande Justen. Seguiu-se um pequeno intervalo com a despedida dos convidados. No retorno, tratou-se de assuntos específicos da Academia. O acadêmico Flávio Arns sugeriu que fosse feito um convite para a professora Maria Sílvia Bacila Winkeler para estar presente na próxima reunião que tratará da figura de seu avô. Sugestão aceita pelo plenário. Sobre a eleição, marcada para o dia 11 de outubro próximo, o presidente informou sobre a inscrição de três candidatos: Etel Frota, Marcio Renato dos Santos e Carlos Magno Correa Dias. A comissão de avaliação dos candidatos se pronunciou a respeito dos cuidados a serem tomados sobre candidatos inscritos pouco ou nada conhecidos pela comunidade cultural paranaense, o que não é o caso dos três acima citados. O acadêmico Ricardo Pasquini reafirmou que o papel da comissão é de levantar questões a respeito dos inscritos e instruir o plenário sobre o que deve ser, ou não, considerado. O acadêmico Eduardo Virmond convidou enfaticamente o plenário a participar da Semana de História, criada pela APL em 1995, a ser realizada de 25 a 28 de setembro próximo. Informou que foi escolhido o auditório do Círculo de Estudos Bandeirantes para as palestras em razão de ser um espaço melhor aparelhado. Informou ainda que o próximo número da Revista da Academia já se encontra no prelo e enfatizou a participação de escritores fora da Academia, como Íris Bigarella. O acadêmico Rui Cavallin Pinto lamentou a falta de conhecimento da sociedade em geral sobre a história do Paraná, em que nomes como Wilson Martins e David Carneiro são ignorados. O presidente salientou o convite para a participação na Semana Literária do SESC, para a qual foram convidados os acadêmicos por meio de correspondência. Nela haverá exposição e comercialização de livros dos acadêmicos, haja vista a existência de uma estante exclusiva para a APL. Solicitou que os acadêmicos se manifestassem e que haveria a possibilidade de recolher os exemplares a serem vendidos na residência dos interessados. Manifestaram-se os acadêmicos Dante Mendonça, Guido Viaro, Rui Cavallin Pinto, Adélia Woellner, Albino Freire e Chloris Casagrande Justen. Adélia Woellner convidou a todos para o lançamento de seu livro infantil para colorir a ser realizado no dia 20 próximo, durante a Semana Literária. O acadêmico Carlos Alberto Sanches informou sobre a publicação de um conto seu, de realismo fantástico, no jornal Cândido da Biblioteca Pública do Paraná. E de pesquisa sobre Paulo Leminski, o concretismo e o pós-concretismo, assunto sobre o qual poderá discorrer em uma das reuniões futuras da APL. O acadêmico Dante Mendonça lançou no Bar Stuart seus livros a R$ 10,00 (dez reais) com renda destinada ao Hospital de Clínicas e sugeriu que, no mês de julho próximo, quando se comemorar o Dia do Escritor, a Academia Paranaense de Letras pudesse fazer um relançamento de títulos com renda beneficente. O presidente informou a intenção de elaborar um projeto para a Lei Rouanet para editar ou reeditar livros da APL, como o “Álbum de figuras”, uma preciosidade recebida como doação do acadêmico Guido Viaro. Também aventou a possibilidade de remontar a Biblioteca da Academia Paranaense de Letras, de que uma parte foi dada ao Centro de Letras. Nada mais havendo a tratar, o presidente agradeceu a presença de todos e encerrou a reunião, da qual lavrei a presente ata, assinada pelo presidente e por mim. Curitiba, 13 de setembro de 2017.

Ernani Buchmann                Marta Morais da Costa

Presidente                            Secretária

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