Ata da reunião solene de 85.º aniversário de fundação da APL 26 de setembro de 2021

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Aos vinte e seis dias do mês de setembro de dois mil e vinte e um na sede da APL, no andar superior do Belvedere, sito à Rua Kellers, na Praça João Cândido, realizou-se a reunião solene de comemoração aos 85 anos de fundação da Academia Paranaense de Letras, sob a presidência do acadêmico Ernani Buchmann, estando presentes os seguintes acadêmicos: Dante Mendonça, Ernani da Costa Straube, Rui Cavallin Pinto, Etel Frota, Chloris Casagrande Justen. Paulo Vítola, Marta Morais da Costa, Antônio Celso Mendes, Ricardo Pasquini e Maria José Justino. Como convidados estavam presentes as representantes da Academia de Letras dos Campos Gerais, acadêmicas Neuza Manzani (Presidente) e Luisa Pontes, o dr. André Moreira Rodrigues, Presidente da Academia de Odontologia do Paraná, e o escritor Deonísio da Silva, membro honorário de nossa Academia. O Presidente saudou a todos, agradecendo a presença e festejando a primeira comemoração de aniversário após a posse do Belvedere, embora ainda com quórum restrito, mas significativo. Anunciou uma reunião sintética e ao final dela, um brinde comemorativo. Ressaltou que a Academia Paranaense de Letras é a mais antiga das associações acadêmicas do estado, embora não seja o mais antigo centro cultural, láurea que pertence ao Centro de Letras do Paraná. A APL foi criada em 1932 por inciativa de Ulysses Viera, em 1941 houve um rearranjo  dos ocupantes das cadeiras, com o que foram deixados de lado dois acadêmicos, a saber, Quintiliano Pedroso (de Ponta Grossa) e Joaquim de Almeida Faria. A primeira biobibliografia dos acadêmicos foi realizada pelo pesquisador Wilson Boia, em 1996. A seguir, houve a apresentação dos acadêmicos e a leitura do Credo pelo acadêmico Dante Mendonça. O Presidente informou ainda que nossa Academia foi uma entidade de tetos provisórios e dependente da solidariedade de outras entidades culturais, ocupando uma sala no Centro de Letras do Paraná, depois o apartamento 101 do Palácio Avenida, um imóvel na rua Dr. Murici, outro na Monsenhor Celso, também no Instituto Histórico e Geográfico do Paraná – IHGPR na rua José Loureiro, depois um retorno ao Centro de Letras (em troca da hospedagem a APL pagava o alvará do Corpo de Bombeiros). Prolongou-se por décadas esse nomadismo. Foi preciso que a acadêmica Chloris Justen assumisse o projeto de conseguir esta sede atual, o Belvedere. A empreitada durou de 2012 a 2016 e, com a ajuda do acadêmico Flávio Arns, foi obtida a cessão da atual sede por 25 anos. À Prefeitura Municipal de Curitiba coube fazer a restauração do prédio. O Prefeito Gustavo Fruet criou o projeto de Unidade de interesse Cultural para o Belvedere. Mas o incêndio do prédio em 27 de dezembro de 2017 obrigou a criação de um novo projeto de restauração, mais caro e mais demorado, até que, com o Prefeito e acadêmico Rafael Greca, foi reinaugurada a construção. A lei de concessão obrigou a criação do Observatório da Cultura Paranaense. Após sintético panorama histórico, o Presidente passou a palavra ao acadêmico Ernani da Costa Straube para sua palestra sobre a história da Academia Paranaense de Letras, transcrita a seguir:

“Comemoração do Aniversário de 85 anos de fundação da Academia Paranaense de Letras

Desejo inicialmente cumprimentar a Diretoria Executiva e os companheiros acadêmicos, ocupantes das respectivas cadeiras, na certeza de que os ideais, as ideias e os pensamentos, que nortearam a fundação dessa Academia estarão sempre presentes em nossas mentes, corações e trabalhos, para o engrandecimento desse sodalício.

Agradeço a indicação do meu nome para rememorar a fundação da Academia e acredito que a indicação foi unicamente pela razão de ser o terceiro mais antigo acadêmico.

Celebrar um acontecimento marcante de uma entidade é sempre motivo de júbilo, festas e comemoração.

E nada podia ser mais expressivo, do que a comemoração dos 85 anos ininterruptos de fundação desta Academia.

Proponho, de início, que essa solenidade seja marcada em homenagem ao insigne acadêmico René Ariel Dotti, sempre atuante e presente, recentemente falecido, admitido em 1992 nesta Academia, Professor de nossa Universidade, notável jurista, culto, de imenso talento, dignidade e amor ao direito, mestre de muitos advogados, reconhecido como um dos maiores advogados de direito penal, do país.

Para marcar a importância da fundação da Academia, em 26 de setembro de 1936, vamos relembrar, em voo de pássaro, o panorama brasileiro, paranaense e especialmente o de Curitiba, nessa época, para avaliar a importância e o denodado trabalho desenvolvido pelos fundadores e nos nossos pensamentos, comparativamente, com Curitiba de hoje permitindo a continuação, permanência e evolução da Academia .

O Brasil contava, segundo o censo de 1920, último da década, com mais de 30 milhões de habitantes, dos quais 23 milhões, não sabiam ler, nem escrever eram considerados analfabetos, na proporção de perto de 80% da população, considerando que o próximo censo só seria realizado em 1939, acusando 40 milhões de habitantes, sendo 12 milhões em núcleos urbanos e a mesma porcentagem, sem dúvida, de analfabetos, o país era constituído de 20 Estados, um Distrito Federal, cuja  capital situava-se na cidade do Rio de Janeiro e um Território Federal, o do Acre e atualmente conta com aproximadamente 213 milhões de habitantes

E o Paraná, com 1milhão e quarenta mil habitantes, (segundo o censo de 1939), com 56 municípios, dos quais 30 cidades e 26 vilas, com destaque para o município de Paranaguá, fundado em 29 de julho de 1648, seguido de Curitiba, em 26 de março de 1693 e Guaratuba, em 27 de abril de 1761, sendo considerado como o maior pico montanhoso, a cordilheira do Marumbi, com 1430 metros de altitude.

Atualmente (Censo de 2010), o Estado do Paraná acusa mais de 11 milhões de habitantes.

Curitiba, na década de 1930, com mais de 119 mil e crescimento médio de 0,0238, com 5.116 residências, chamada pejorativamente de Sapolândia, em virtude da existência desses batráquios, que pululavam nas ruas e brejos; das linhas dos bondes elétricos Birney trafegando, até julho de 1952, em trilhos, que desenhavam as ruas, com seus 14 bancos duplos de madeira partindo da praça Tiradentes, em demanda aos bairros, com um bonde especial de cor vermelha, para conduzir a carne do Matadouro, aos açougues; das  festas no Passeio Público, do alarido das crianças nos brinquedos;  da ilha da “Ilusão”, do “Príncipe dos Poetas”, Emiliano Perneta; da ponte pênsil e das canoas; dos cavalheiros vestidos com ternos completos  (calça, paletó, colete, camisa, gravata e chapéu);  dos professores do Ginásio Paranaense, da rua Ébano Pereira, cuja grande maioria era oriunda do magistério da Universidade;  do prédio da Universidade com o domo ou cúpula central sobranceira, e imponente, e dos dois prédios anexos laterais;  da rua 15 de Novembro, de seu alargamento, com tráfego de automóveis, caminhões  e carroções indo e vindo;  da estimativa de automóveis de passeio, sempre na cor preta e de bicicletas;  da Caixa Econômica do Paraná, na rua Marechal Floriano, na quadra antes da Praça Carlos Gomes; das vilas e chalés residenciais de um só pavimento e afastados da rua; da existência de árvores frutíferas, laranjeiras, pereiras e butiazeiros, nos jardins;  dos féretros tracionados em carroças abertas, por parelhas de cavalos ajaezadas de preto, com cocheiro vestido solenemente, acompanhados de banda musical do Corpo de Bombeiros; das manifestações religiosas puxadas por Irmãos Marianos; do “footing” noturno, na rua 15;  da viagem do dirigível zepelim, o “Hindenburg”, LZ-129, no dia 1º de dezembro de 1936, com seus  245 metros de comprimento circulando a cidade, a Catedral e o prédio da Universidade, ostentando nos lemes de direção a cruz gamada nazista e  o desastre do mesmo, ao atracar na torre em Lakehurst- Nova Jersey, nos Estados Unidos;  da Cinelândia de Curitiba, na Avenida João Pessoa, atual Avenida Luiz Xavier, com os cinemas Avenida, Ópera, Palácio e Odeon e o Broadway, no início da Rua 15;  do maior edifício da cidade, com oito pavimentos, o “colosso” Garcez, que por muito tempo foi considerado o “Arranha céu” da capital;  das Sociedades recreativas, alemãs, italianas, polonesas e das sociedades culturais, com destaque para o Instituto Histórico e Geográfico Paranaense, fundado em 24 de maio de 1900, por Romário Martins, o Centro de Letras  do Paraná, fundado em 19 de Dezembro de 1912, pela dupla de poetas Emiliano Perneta e Euclides Bandeira, o Círculo de Estudos Bandeirantes, em 13 de setembro de 1929, pelo Padre Luiz Gonzaga Miele,  o Centro Paranaense Feminino de Cultura, em 05 de dezembro de 1933, a Associação de Cultura, em 04 de outubro de 1939, ora denominada de Academia de Letras José de Alencar, por Vasco José Taborda, que exerceu a Presidência e foi sustentáculo da  Academia Paranaense de Letras, pelo espaço de vinte anos.

Atualmente Curitiba já acusa um milhão. 963 mil habitantes, deixou de ser provinciana para se tornar uma cidade-capital pujante, em desenvolvimento e progresso continuados.

Isto e mais uma centena de aspectos poderiam descrever o panorama da capital do Paraná, na década de 1930, para constatar, identificar e explicar, a importância da fundação de uma Academia de Letras, nessa época.

Foi, sem dúvida, um trabalho que exigiu muito esforço e demandou muita dedicação.

Ulysses Falcão Vieira (*31 de março de 1885, em Curitiba-+ 17 de junho de 1942), Presidindo o Centro de Letras do Paraná, em julho de 1936 dá início as tratativas da fundação de uma Academia de Letras, entusiasmado pela correspondência recebida da Academia Carioca de Letras e da presença dos poetas Silveira Neto e Leôncio Correia, ao Congresso das Academias de Letras do Brasil, realizado na capital Federal, na época o Rio de Janeiro.

Tudo isso fez com que Ulysses, com ânimo combativo, com seu ardor de tribuno convocasse os literatos Francisco Leite, Serafim França e de Sá Barreto expondo a ideia da fundação da Academia e estes, em seguida, convocaram, por convite, na imprensa, a intelectualidade paranaense para decidir sobre o assunto.

De acordo com a convocação a reunião realizou-se no dia 26 de setembro de 1936, no Salão Nobre da Escola Normal Secundária, atual Instituto de Educação “Erasmo Piloto”, localizado na Rua Emiliano Perneta, contando com a presença dos já citados e mais Rodrigo Júnior, Alcebíades Miranda, Ângelo Guarinelo, Ciro Silva, Domingos Duarte Veloso, Castelã Braz, Quintiliano Pedroso, Alceu Chichorro, Veríssimo de Souza, Osmani Emboaba e Benedito Nicolau dos Santos.

Dos nominados deixaram de constar na composição do quadro, os seguintes participantes: Castelã Braz, Osmani Emboaba e Veríssimo de Souza.

Quintiliano Pedroso só constou inicialmente, como fundador da cadeira nº 28, em que Jaime Balão era o Patrono e nos próximos quadros não mais é encontrado.

Presidida inicialmente, por Ulysses Vieira, este expôs, minuciosamente os objetivos da reunião, resolvendo-se, por unanimidade, a seguinte pauta: que nessa data ficasse marcada como a da fundação, da Academia com o quadro social de 40 membros Patronos, Fundadores  e primeiros ocupantes das respectivas cadeiras, que naquele momento rendia as homenagens aos literatos escolhidos por aclamação, para a constituição da atual Academia, formada pelos acadêmicos componentes da extinta Academia de Letras do Paraná: Dom Alberto José Gonçalves (cadeira atual 22), José  Cândido  da Silva Muricy (cadeira 4), Sebastião Paraná (cadeira 2), Dario Persiano de Castro Veloso (cadeira 17), José Henrique de Santa Rita (cadeira 30), Didio Iratym Afonso da Costa (cadeira 14), Leônidas Moura de Loyola (Cadeira 21), Francisco Heráclito Ferreira Leite (cadeira 26), Serafim França (cadeira 24), João Pamphilo de Assumpção (cadeira 7), Manoel de Azevedo Silveira Neto (cadeira 5), Tasso Azevedo da Silveira (1º ocupante da cadeira 5), José Cândido de Andrade Muricy (1º ocupante da cadeira 4), Leôncio Correia (cadeira 9), Manoel Lacerda Pinto (1º ocupante da cadeira 18), Francisco Ribeiro de Azevedo Macedo (1º ocupante da cadeira 2) e Romário Martins (1º ocupante da cadeira 33), num total de 40 Patronos e 29 Fundadores.

Para completar o número de ocupantes das cadeiras restantes foi aprovada a criação de comissão mista de seis membros, formada pelos antigos ocupantes da extinta Academia, em número de 3, e mesmo número  do Centro de Letras, com ênfase nos associados desse Centro e mais um para desempate.

O quadro social, segundo a Revista da Academia, número 1, do ano de 1939 era constituído, por Patronos, em número de 40 e Fundadores, observando-se que duas cadeiras se achavam vagas (a 8  e a 16) e para não enumerar todas as cadeiras o que seria fastidioso, faço referência apenas a algumas cadeiras que remanejadas não foram olvidadas na atual composição do quadro social, assim, a de nº 1- de  Fernando Amaro, transferida para a cadeira nº 5, a cadeira nº 4-Telemaco Borba, atual nº 10; cadeira 6- Ubaldino do Amaral Fontoura, atual cadeira 12…

O Presidente Ulysses sugere que a Academia se regesse provisoriamente pelo Estatuto e Regimento Interno da Academia Carioca de Letras e que os trabalhos preparatórios da instalação ficassem a cargo da atual Mesa que dirigia a sessão, até a eleição e posse  da primeira Diretoria, o que foi aprovado.

Na enunciação das finalidades da Academia, no artigo 2º do Estatuto era fixado “o culto da língua nacional, em qualquer dos seus aspectos- científicos, históricos, literários ou artísticos”; no artigo seguinte, que os ocupantes das cadeiras gozarão do caráter de perpetuidade e nos que se seguiram a constituição da Diretoria, composta de Presidente, Vice-Presidente, Secretário Geral, 1º Secretário, 2º Secretário, Tesoureiro e Bibliotecário.

O traje estabelecido para comparecimento às reuniões sociais públicas e solenes era constituído de casaca e para as sessões ordinárias o traje comum, completo, até ser resolvido o “uniforme” a ser usado e na mesma ocasião foi fixado os dias de reuniões, sempre às primeiras segundas feiras da quinzena, o valor da mensalidade, em 10$000 (dez mil reis) o que correspondia, na época, a seis quilos de carne, a mesma quantidade de arroz e 13 litros de leite natural.

O acadêmico Pamphilo d’Assumpção apresenta, em sessão de 19 de julho de 1937, a proposta da instituição do distintivo, sendo aprovada.

Na reunião de 6 de setembro o acadêmico Silveira Neto, Delegado da Academia junto à Federação das Academias de Letras comunica que desde 25 de julho, a Academia de Letras do Paraná se encontrava filiada à Federação.

É festejado em 27 de setembro, o primeiro aniversário de fundação com a oração de Oscar Martins Gomes que na ocasião proferiu: “Há uma força superior e invisível quer impulsiona o destino dos homens e das coisas e aqueles passam muitas vezes despercebidos de que estão sendo meros instrumentos, quando não joguetes, coadjuvando o êxito de finalidades de repercussão coletiva, para o bem ou para o mal”.

As reuniões tinham curso no Salão Nobre da Universidade do Paraná, gentilmente cedida pelo Reitor, Professor Victor Ferreira do Amaral.

A Academia tendo como Redatores, Ulysses Vieira, De Sá Barreto, Rodrigo Júnior, Raul Gomes e Valfrido Piloto e sede no apartamento 101 – 1º andar do edifício Palácio Avenida na Travessa Oliveira Belo publica o primeiro número da Revista, correspondente a janeiro a março de 1939, de tiragem trimestral, contendo os anais de 26 de setembro de 1936 a 18 de outubro de 1937, Estatuto e de artigos dos acadêmicos, em número de dezenove e terminando com a relação do quadro Social, com duas cadeiras vagas.

É noticiado o falecimento de Francisco de Paula Dias Negrão, 1º ocupante da cadeira 30, em 11 de setembro de 1937 e de Dario Persiano Morais de Castro Velozo, também 1º ocupante da cadeira 9 ocorrido em 28 do mesmo mês e ano.

Na reformulação do quadro, em 1940 houve a troca de posição de diversos Fundadores e Patronos; cito como exemplo a troca de lugar entre Albino Silva-cadeira 7, com Generoso Marques, sendo Albino Silva transferido para a cadeira 8, antes ocupada por João José Pedrosa e este transferido para a cadeira 15 atual, antes ocupada por Fernando Simas, transferido para a cadeira 23, ocupada atualmente por João José Pedrosa e assim por diante.

Dois nomes não participam da atual composição: a do ocupante da cadeira 10 – Joaquim de Almeida Faria e a da cadeira 28, Quintiliano Pedroso tendo como Patrono, Jaime Balão, por motivos desconhecidos.

A Academia estava estruturada e apta a continuar exercendo as suas funções e finalidades estabelecidas no Estatuto Social.

As quinze gestões das Diretorias se sucederam tendo sido a mais longa, por 20 anos, a de Vasco Taborda França, de 1970 a 1990, seguida pelas duas gestões de Oscar Martins Gomes, de 1942 a 1951 e a de 1957 a 1966, totalizando 9 anos  e a mais curta, a de Lauro Grein Filho, apenas de um ano

E atualmente a Academia, ao completar 85 anos de ininterrupta vida acadêmica ocupa sua sede própria, tem Estatuto modernizado, em função da evolução, sabe o seu destino e conta com uma Diretoria atuante que a dirige, com mão firme e segura.

E assim completo, em síntese, a formação inicial da Academia. Obrigado”.

O acadêmico Ernani Straube foi devida e merecidamente aplaudido pelos presentes. O Presidente Ernani Buchmann passou a palavra ao membro honorário da Academia Deonísio da Silva, que começou sua fala desenvolvendo ideias a partir da etimologia de “púlpito”, móvel que estava sendo inaugurado naquele momento. Púlpito tem origem no sagrado, no saber, na saúde e em coisas sagradas. Tribuna, por sua vez, é palavra ligada a tributos. por isso, púlpito está  mais no campo semântico do sacerdócio da vida intelectual e da medicina, por exemplo. “O que dizemos no púlpito não é defesa. É passagem de saberes”, disse o orador. Aplausos saudaram a fala inspiradora de Deonísio da Silva. A acadêmica Neuza Manzani, falando em nome da Academia de Letras dos Campos Gerais, parabenizou a APL e convidou os presentes para uma visita à cidade e à academia. O acadêmico dr. André Rodrigues compartilhou a alegria das academias e enfatizou  que “temos um DNA próximo: o de zelar pela cultura e pela história”. Deonísio da Silva informou sobre a edição do livro “Tiranos”, do Presidente Ernani Buchmann pela Editora Almedina, de Portugal, e mais os livros dos acadêmicos Etel Frota e Dante Mendonça, além do livro de Fábio Campana já contratados. Como editor-adjunto, Deonísio da Silva criou a coleção “Abelha, mel e ferrão” em que vão entrar essas publicações. Também informou que o  acadêmico Ernani Buchmann foi premiado pela Academia Catarinense de Letras pelo livro “Imperadores de Opereta”. O Presidente informou que a próxima reunião será no dia 13 de outubro, às 9 horas em que será realizada a eleição para a sucessão da cadeira 3, ocupada pelo acadêmico dr. Renê Ariel Dotti. Convidou a todos para um brinde e encerrou a sessão.  E com essas palavras encerrou-se a reunião, cuja ata lavrada será assinada pelo Presidente e por mim, secretária.

 

Curitiba, 26 de setembro de 2021.

 

Ernani Buchmann                                                                        Marta Morais da Costa

Presidente                                                                                              Secretária

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