Nasceu em Belém do Pará, no dia 20 de fevereiro de 1925, filho de Antonio de Sá Torres e de Elza Duarte Negrão Torres. Concluiu o curso primário no Colégio Progresso Paraense, em Belém. Em 1942, após termi­nar o ginasial, transferiu-se para Fortaleza, para cursar a Escola Preparatória de Cadetes. Ingressou na Escola Militar do Realengo, onde concluiu o curso. Foi decla­rado aspirante a oficial de Artilharia pela Escola Militar de Resende em 11 de agosto de 1945 e classificado no 3.º RAM, em Curitiba. No Exército assumiu diversos cargos de realce. Atingiu o genera­lato de brigada em 1978, para logo em 1983 ser promovido a general de divisão. Foi subchefe do EME. Comandou a 3.ª RM, em Porto Alegre, de abril de 1985 até janeiro de 1987, quando foi designado vice-chefe do DGS, função em que solicitou sua passagem para a reserva. Radicou-se, então, em Curitiba. Sua atividade literária passou a ser exercida a partir de 1956. Em julho de 1989, publicou, na capital paranaense, um livro autobiográfico, prefaciado pelo senador Jarbas Passarinho, curiosamente intitulado Meninos, eu também vi! — paráfrase ao célebre verso de Gonçalves Dias no poema I-Juca Pirama. A obra relata seu itinerário pelos quartéis e Alto Comando, em que há traços de ufania e amargura, críticas e louvores, recompensas e frustrações. É, em suma, um retrato dos homens que compõem a instituição militar, seus merecimentos e fraquezas, conforme a respeito se manifestou Túlio Vargas, presidente da Academia Paranaense de Letras. No ano seguinte, publicou um ensaio autobiográfico intitulado Por que Morreram os Americanos no Vietname?

A partir de 1990 passou a colaborar na Gazeta do Povo. Grande parte dos textos publi­cados no jornal paranaense foi reunida nos livros Para Collor Ler na Cama, lançado em 1991, e De Fernando Collor a Fernando Henrique, publicado em 1995.

Em 1998 lançou dois livros, As Epístolas de um General de Pijama: Cartas e Nos ‘Po­rões’ da Ditadura. Em 2001, publicou Paraná: Encruzilhada de Caminhos. Em 2002, lançou 1964: Uma Revolução Perdida, seguido de O Fascínio dos ‘Anos de Chumbo’, também sobre o movimento de 1964, publicado dois anos após o primeiro. Em 2005, Nos Caminhos da História, um ensaio sobre a história do Paraná e do Brasil.

Foi vice-presidente do Centro de Letras do Paraná, diretor cultural do Instituto Históri­co e Geográfico do Paraná e sócio correspondente do Instituto de Geografia e História Militar do Brasil, além de conferencista convidado de entidades culturais e clubes de serviço (ADESG/PR, Rotary, PUCPR). Ocupou a cadeira n.º 15 da Academia de História Militar Terrestre do Brasil.

Faleceu em Curitiba em 5 de maio de 2006. Foi recebido na Academia Paranaense de Letras em 3 de abril de 2003 pelo acadêmico Wilson Bóia. (EB)

Patrono: Telêmaco Augusto Enéas Morocines Borba (1840-1918)
Fundador: Ermelino Agostinho de Leão (1871-1932)
1.º Ocupante: Francisco de Paula Dias Negrão (1871-1937)
2.º Ocupante: Arthur Martins Franco (1876-1979)
3.º Ocupante: Ruy Christovam Wachowicz (1939-2000)
5.º Ocupante: Flora Munhoz da Rocha (1911-2014)
6.º Ocupante: Flávio José Arns (1950)