Nascido em Curitiba, em 4 de fevereiro de 1845, ingres­sou aos 12 anos de idade no Colégio Kople, em Petró­polis (RJ), onde cursou Humanidades. Voltou ao Paraná e, em 1863, foi nomeado colaborador da Tesouraria da Fazenda. Escalou, rapidamente, vários postos da administração pública, como os de segundo escriturá­rio, chefe de seção e contador, até alcançar o patamar da carreira, como inspetor da Tesouraria da Fazenda, com apenas 33 anos de idade. Nessas funções foi comissionado para servir, como inspetor fazendário em Cuiabá, Mato Grosso, onde permaneceu por um ano, retornando ao fim desse período às suas funções em Curitiba. Por sua brilhante atuação como funcionário, recebeu a comenda da Ordem da Rosa e o título de Comendador, em outubro de 1880. Nove anos depois, seus colegas da tesouraria e coletoria de Curitiba, da alfândega de Paranaguá e da mesa de rendas de Antonina, ofereceram-lhe, em reconhecimento às qualidades de administrador e amigo, seu retrato a óleo.

Jornalista, fundador de periódicos, na sua revista Colmeia já defendia, àquela época, a tese do feminismo. No seu jornal A Luz, órgão do Centro Espírita de Curitiba, aparecido a 15 de janeiro de 1890, traduziu os trabalhos de cientistas alemães, ingleses, france­ses, italianos e espanhóis. A permuta de A Luz com os jornais espíritas proporcionou-lhe intercâmbio intelectual com os sábios mais em evidência na Alemanha e na França. Já sexagenário, perdeu a esposa que o acompanhara por 40 anos, casando-se depois com Anália de Oliveira. Retirou-se, então, para Porto Amazonas, onde viveu 11 anos. Nesse período entregou-se ao estudo da Botânica e da História Natural.

Doente e atendendo aos rogos insistentes dos familiares, retornou a Curitiba em busca de maiores recursos médicos. Mas já era tarde. Faleceu no primeiro dia de fevereiro de 1921, aos 76 anos de idade, recusando o conforto católico. (WB)

Fundador: Alcides Munhoz (1873-1930)
1.º Ocupante: Laertes de Macedo Munhoz (1900-1967)
2.º Ocupante: João Manuel Simões (1939)