Foi das mais altas expressões políticas e intelectuais do seu tempo. Nasceu em Curitiba, no dia 13 de janeiro de 1844, filho de Miguel Marques dos Santos e Generosa Chaves Marques. Formou-se 1865 pela Faculdade de Di­reito de São Paulo. Casou com Ana Joaquina de Paula San­tos, filha do prestigioso coronel Benedito Enéas de Paula, falecida em 1893. Contraiu segundas núpcias com Rosalina Enéas Santos. Elegeu-se deputado provincial em 1866, pelo Partido Liberal, do qual se tornou líder. Reelegeu-se sucessivamente, até a Repú­blica, inclusive deputado geral e 2.º vice-presidente da Província. Senador eleito em 1890, viu seu nome sufragado para o cargo de presidente do Estado no ano seguinte pelo Congresso Legislativo, sob a égide da Constituição Estadual de 4 de julho de 1891. Com a ascensão de Floriano Peixoto ao poder, foi uma das vítimas da intervenção fe­deral nos estados, obrigando-se a entregar o cargo a uma junta mista constituída de civis e um militar, não sem antes deitar manifesto de repúdio à medida ditatorial. Por sua condição de líder, viu-se envolvido no torvelinho da Revolução Federalista, a qual apoiou ostensivamente. Fracassado o movimento rebelde, procurou abrigo no exílio, em Montevidéu e Buenos Aires.

Voltou ao Brasil por força de habeas corpus concedido pelo Supremo Tribunal Fe­deral. Reagrupou os antigos correligionários e reavivou a atividade partidária. Em 1908, celebrou aliança com os velhos adversários, formando o Partido Republicano Paranaense. Foi eleito, outra vez, senador e vice-presidente do Estado, mantendo-se em evidência política.

Advogado fulgurante, poeta primoroso, tribuno eloquente e jornalista combativo, seu nome transformou-se em bandeira das esperanças paranaenses. Na sucessão de Affonso Camargo, ao governo do Estado, desentendeu-se com ele, abrindo séria dissi­dência no Partido. Vitorioso Affonso, Generoso Marques caiu no ostracismo, amargu­rado com as ironias da política. Mesmo assim manteve-se no Senado até 1926.

Faleceu em Curitiba no dia 8 de março de 1928. (TV)

Fundador: Enéas Marques dos Santos (1883-1961)
1.º Ocupante: Manoel de Oliveira Franco Sobrinho (1916-2002)
2.º Ocupante: Rui Cavallin Pinto (1929)