Filho de José Maria Pinto e Amália Cavallin Pinto, Rui Ca­vallin Pinto nasceu em 2 de maio de 1929, embora seu pai tenha promovido novo registro do seu nascimento para 30 de janeiro de 1928, de forma a que o filho alcançasse idade necessária ao ingresso no Ginásio Paranaense. A providên­cia não deu certo, mas o menino acabou voltando ao es­tabelecimento, onde concluiu toda sua formação básica e do qual só saiu em 1949, para a matrícula na Faculdade de Direito da Universidade do Paraná. Formado em 1953, estabeleceu-se como advogado em Apucarana, dividindo suas atividades com as de professor nos estabelecimentos locais de ensino. Em 1956 passou a integrar, por concurso, o Ministério Público Es­tadual, como promotor substituto. Foi titular das promotorias de Marilândia do Sul, Francisco Beltrão, Peabiru e Apucarana.

Em 1963 foi nomeado professor de História Econômica Geral, no ensino superior do Estado, lecionando na Faculdade de Ciências Econômicas de Apucarana por 17 anos, em Apucarana. Em Curitiba foi professor da Faculdade Estadual de Artes, até a apo­sentadoria do magistério.

Em 1972 concluiu o curso de licenciatura em História pela Faculdade de Filosofia de Mandaguari. Promovido a promotor da capital em 1979, atuou até a ascensão ao car­go de procurador de justiça, em 1986. Em 1991 aposentou-se do Ministério Público. No ano seguinte passou a ser assessor do Tribunal de Alçada e, depois, da presidência do Tribunal de Justiça, até 1995. A partir de então, se dedicou às letras, editando MP – História e Historietas, com crônicas e notas pitorescas sobre sua experiência no MP. Passou a compor, também, a comissão do Memorial do Ministério Público, responsá­vel pelo resgate, preservação e divulgação da instituição.

No ano de 2000 foi admitido no Instituto Histórico e Geográfico do Paraná, tendo sido orador oficial, e em 2003, no Centro de Letras José de Alencar e na Academia Para­naense de Letras. Após, produziu Discursos Acadêmicos, correspondente às orações que proferiu nas posses em ambas as academias.

Em 2007 editou O Amor de Solano Lopes e outros improvisos literários, com crônicas sobre temas de história e de direito, inclusive abordando crimes da maior repercussão no Estado, e A Arca da Memória, produzindo e recontando temas de sua vivência em Apucarana. Finalmente, em 2010 publicou Molduras Paranaenses, com cenas e per­sonagens da história paranaense. Foi constante colaborador da imprensa em Curitiba e no interior e, durante oito anos, manteve coluna em jornal divulgando a atuação do Ministério Público Estadual. É colaborador constante da Revista da Academia Parana­ense de Letras e do Boletim do IHPR, além de outras publicações. Tomou posse na APL em 14 de outubro de 2003, recebido pelo acadêmico Noel Nascimento. (EB)

Patrono: Generoso Marques dos Santos (1844-1928)
Fundador: Enéas Marques dos Santos (1883-1961)
1.º Ocupante: Manoel de Oliveira Franco Sobrinho (1916-2002)