Nascido em Castro em 6 de maio de 1879, revelou des­de cedo sua vocação para a música, passando a dominar a violinha sertaneja e o violão. Com 16 anos de idade mudou-se para Curitiba, onde trabalhou no comércio e passou a cursar o Conservatório de Belas Artes. Tornou-se membro do Grêmio Musical Carlos Gomes, tocando piano no café-concerto de Ricciardella – o restaurante, pensão e café Guarani, na Rua XV – local onde se reu­niam artistas e intelectuais.

Compôs o Hino do Paraná em 1903 e, no ano seguinte, a Marcha Militar 19 de De­zembro, além da mazurca Ingrata. Com a valsa Bela Morena, Mossurunga deu uma guinada em sua vida de rapaz pobre. Inspirada numa jovem curitibana, a valsa foi enviada para a revista carioca O Malho. Aprovada e publicada a partitura, seus amigos, entusiasmados, se cotizaram, conseguindo duzentos mil réis para comprar-lhe a passa­gem de Paranaguá para o Rio de Janeiro. Mossurunga viajou com reduzida bagagem: a malinha de mão e a caixa de violino. Chegou à Cidade Maravilhosa em 9 de setembro de 1905. Ao passear pelo centro da cidade, surpreendeu-se ao ouvir os últimos acor­des de Bela Morena, executada pela orquestra de um tradicional café-concerto do Largo do Rocio, hoje Praça Tiradentes. Apresentou-se como o autor da música, sendo recebido entre vivas e abraços.

No Rio matriculou-se no Instituto Nacional de Música, diplomando-se em 1909, com distinção, no curso de violino. Conviveu com grandes figuras do meio musical, como Francisco Braga e Villa Lobos.

Voltou para Curitiba em 1930. Fundou a Orquestra Estudantil de Concerto e organizou a Sociedade Orquestral Paranaense. Compôs muito com letras de autores paranaen­ses, como Correia Júnior, José Cadilhe, Heitor Stockler, José Gelbecke e Ciro Silva. Em 31 de março de 1947, Moysés Lupion estabeleceu que o Hino do Paraná, letra de Do­mingos Nascimento, seria o Hino Oficial do Paraná.

Faleceu em Curitiba em 23 de outubro de 1970, aos 91 anos de idade. Foi a alma ins­piradora do sentimento musical paranista. (WB)

Patrono: Brasílio Itiberê da Cunha (1846-1913)
Fundador: Paulo Ildephonso d’Assumpção (1868-1928)
1.º Ocupante: Benedito Nicolau dos Santos (1879-1956)
3.º Ocupante: Benedito Nicolau dos Santos Filho (1914-1987)
4.º Ocupante: Alceo Ariosto Bocchino (1918-2013)
5.º Ocupante: Paulo Sérgio da Graça Torres Pereira