Nasceu em Curitiba, dia 30 de novembro de 1918, filho de Pedro Bocchino e Albina Reffo Bocchino.

Asseveram os entendidos que ele tem, possivelmente, o melhor currículo da música erudita brasileira. Co­meçou como pianista. Na revista Referência (Artes no Paraná – II), consta que, em janeiro de 1937, aparece ao lado de João Poeck, num concerto, no qual execu­taram peças originais: Prelúdio e Fuga, em mi menor, do seu parceiro; e a Sonata em Ré Maior, de Mozart. Sua condição de regente também se encontra registrada nos documentos da época. O programa é de 25 de outubro de 1935 e refere-se à apresen­tação, em Curitiba, da ópera Tosca, de Puccini. Compositor, em 1950 a Sociedade de Cultura Artística Brasílio Itiberê promoveu um festival de obras da sua autoria, tendo por intérprete a cantora Cristina Maristany, o violoncelista Iberê Gomes Grosso e o próprio, ao piano.

Ele tinha seis anos quando foi a São Paulo aperfeiçoar-se nos estudos musicais com Camargo Guarnieri (composição) e Dinorah de Camargo (piano). Depois, ensinou no Conservatório de Santos e trabalhou em emissoras paulistas. Residiu no Rio de Ja­neiro a partir de 1946. Tornou-se dos maestros mais conceituados do cenário mu­sical brasileiro. Além da orientação de Camargo Guarnieri, recebeu a influência dos mestres Villa-Lobos e Francisco Mignone. Assistente do maestro Eleazar de Carvalho na Orquestra Sinfônica Brasileira. Posteriormente, presidente da Comissão Artística, dirigindo a mesma orquestra na qualidade de titular. Foi dos seus fundadores, ao lado de outros virtuoses.

Nos anos 60 e 70 participou de diversos cursos pelo exterior, onde regeu orquestras como a Sinfônica de Bilbao, a Filarmônica de Lisboa e a Orquestra Sinfônica de Sófia. Em 1974 viajou com a Orquestra Sinfônica Brasileira pela Europa. Apresentou-se tam­bém em Buenos Aires e Montevidéu com ampla aceitação pública. Realizou importan­tes concertos, como o Festival Beethoven, a convite de Eleazar de Carvalho. Regente da Orquestra Sinfônica da UFPR, é um ícone da nossa cultura musical.

Tomou posse na APL no dia 23 de novembro de 1994, saudado pelo acadêmico Noel Nascimento. Faleceu no Rio de Janeiro em 7 de abril de 2013. (TV)

Patrono: Brasílio Itiberê da Cunha (1846-1913)
Fundador: Paulo Ildephonso d’Assumpção (1868-1928)
1.º Ocupante: Benedito Nicolau dos Santos (1879-1956)
2.º Ocupante: Bento João d’Albuquerque Mossurunga (1879-1970)
3.º Ocupante: Benedito Nicolau dos Santos Filho (1914-1987)
5.º Ocupante: Paulo Sérgio da Graça Torres Pereira