Nasceu na Rua Treze de Maio, em Curitiba, no dia 21 de janeiro de 1908. Cursou os colégios Santo Amaro, Duílio Calderari e Ginásio Paranaense e, mesmo sem vocação, matriculou-se no curso de guarda-livros da antiga Escola de Comércio Avalfred. Começou, assim, sua vida burocrá­tica a se estender por 37 anos, chegando a inspetor Re­gional dos Correios e Telégrafos e, finalmente, a diretor do Serviço Administrativo do Tribunal Regional Eleitoral, cargo no qual se aposentou. Só que essas atividades prosaicas não esmagaram a inspiração latente do poeta, sem­pre voltado para as coisas belas da vida. Entusiasta fervoroso da música, são muitas as suas crônicas e poesias exaltando não só a genialidade dos compositores como a gran­diosidade das óperas. Constam da sua bibliografia o Resumo Biográfico do Glorioso Taumaturgo Santo Antônio de Pádua, 1936; Razões Finais de Defesa, em colaboração, 1937; O Guarani, teatro, alcançando o primeiro lugar no Concurso de Livros Patroci­nados pelo Centro de Letras, 1950; Carlos Gomes, Sua Vida e Sua Obra, 1951, e As Mulheres na História, na Lenda e na Atualidade, poesias, 1953.

Enveredou pelo teatro, escrevendo Dom Pedro I, Almas Heroicas (ou Cerco da Lapa), esta representada pelo elenco da Companhia Irmãos Queirolo em 15 de novembro de 1958, além, é claro, de O Guarani. Como poeta, foi assediado por compositores para ajustar letras em marchas e hinos, como os dedicados a São José dos Pinhais, Coronel Vivida, a Carlos Gomes, ao Centenário de Castro, ao general Carneiro, a Guaratuba, ao soldado combatente, ao Centenário do Paraná. Foi autor do poema épico, Os Paranía­das, em doze cantos, trezentas e setenta e nove oitavas e três mil e trinta e dois versos, de feição camoneana, um hino de amor e de louvor ao Paraná.

Membro do Centro de Letras desde 1950, ocupou vários cargos em sua diretoria e na do Instituto Neopitagórico.

Falecido em Curitiba em 27 de maio de 1974, sua vasta produção literária, inclusive muitos trabalhos acobertados pelo pseudônimo de Saturnino do Sul, ainda está por ser coligiada, estando espalhada, principalmente, nos periódicos curitibanos Diário da Tarde, Gazeta do Povo e O Dia. Foi recepcionado por Leonardo Henke na Academia Paranaense de Letras, na sessão solene de 8 de outubro de 1970. (WB)

Patrono: Albino José da Silva (1850-1905)
Fundador: José Niepce da Silva (1876-1935)
1.º Ocupante: Ciro Silva (1881-1968)
3.º Ocupante: Samuel Guimarães da Costa (1918-1997)
4.º Ocupante: Luiz Geraldo Mazza (1931)