Nasceu na cidade de Palmeira, em 20 de junho de 1859. Quase todas as manhãs, em meio a um grupo reunido à porta da antiga Casa Abreu, na Rua XV, em Curitiba, desta­cava-se a figura imponente do religioso. De porte elevado, alto, robusto, veste preta debruada de roxo, chapéu de aba larga rematado por um cordão da mesma cor, impunha, sem o querer, respeito e admiração. Na roda, representava o centro do bate-papo, agitado, gesticulando, rindo ou falando alto. Mas não se pense que ele só se interessasse por assuntos ligados à sua vocação sacerdotal. Foi relevante o seu papel no panorama político-social paranaense. Assim, membro da primeira Consti­tuinte, foi deputado provincial por duas vezes, presidente da assembleia Estadual e sena­dor da República, com 36 anos de idade, além de diretor da Instrução Pública.

Foi autor de inúmeros atos beneméritos, empenhando-se na inauguração de nossa Catedral, na ampliação da Santa Casa de Misericórdia e na fundação do Asilo de Nossa Senhora da Luz.

Membro da extinta Academia de Letras do Paraná, nela foi recebido em sessão de outubro de 1923 por Alcides Munhoz, coincidentemente seu antigo aluno no Semi­nário Episcopal de São Paulo, educandário em que, à época, Dom Alberto lecionava Geografia, História, Geometria e Latim. Colaborador em diversos periódicos parana­enses, redator da Revista Clube Curitibano, deixou um legado de obras interessantes como Gramática Latina (em duas edições, 1885 e 1887); Elementos de Geometria; O Divórcio (discurso, 1896); A Igreja e o Estado, em colaboração (1900); Carta Pastoral, num total de cinco (de 1909 a 1944); O Espiritismo (1916); A Religião e a Política (1933) e Carta do Bispo de Ribeirão Preto (1940).

Não se limitava ao âmbito do púlpito. Foi às massas, procurando, nas espeluncas e nos botecos, horas mortas da noite, os incrédulos, os transviados, reconduzindo-os a seus lares ou até mesmo levando-os para sua casa, conduta que lhe traria aborrecimentos junto às autoridades eclesiásticas.

Finalmente, nomeado primeiro titular da Diocese de Ribeirão Preto, transferiu-se para lá, onde faleceu em 6 de maio de 1945. (WB)

Patrono: Monsenhor Manoel Vicente Montepoliciano da Silva (1851-1909)
1.º Ocupante: Carlos Stellfeld (1900-1970)
2.º Ocupante: Metry Bacila (1922-2012)
3.º Ocupante: João José Bigarella (1923-2016)
4.º Ocupante: Etel Frota (1952)