Wilson da Silva Bóia nasceu no bairro da Glória, no Rio de Ja­neiro, então Distrito Federal, em 15 de junho de 1927. Após o curso primário em várias escolas, cursou o ginasial no Ex­ternato São José e o científico no Colégio Vera Cruz. Formou-se em Medicina em dezembro de 1950. Como orador da tur­ma, pronunciou na solenidade de formatura a oração Ciência e Arte em Medicina, mais tarde publicada em livro.

Durante o período acadêmico trabalhou como copywriter de A Exposição, escrevendo um programa diário para a Rádio Jornal do Brasil. Frequentou o Curso de Teatro da Prefeitura do Distrito Federal sob a direção de Renato Viana, par­ticipando como galã do elenco de teatro das rádios Tupi e Tamoio, da cadeia Emissoras Associadas. Publicou seu livro de estreia, A Lira Selvagem, diplomando-se em seguida em Química Orgânica e Higiene Industrial. Como médico, ingressou nos quadros da Po­lícia Militar e, depois, já como oficial-médico do Exército, exerceu as funções de chefe do Pavilhão de Clínica Médica do Hospital Central do Exército, subdiretor da Policlínica Central do Exército e diretor do Hospital Militar de Fortaleza. No Ceará, escreveu para os jornais locais, fez conferências na Academia Cearense de Letras, na Casa de Juvenal Galeno e no Instituto Histórico. Lançou também três livros: Antonio Sales e Sua Época, Ao Redor de Juvenal Galeno e Associações Literárias de Fortaleza – 1.ª Série. Em 1987, mudou-se para Curitiba. Logo ao chegar, viu-se premiado com o 1.º lugar no concurso Gralha Azul de Literatura, com David, o Gigante. Em sequência, outros trabalhos seus foram contemplados pela Secretaria de Cultura, como Rodrigo Júnior, o Poeta, Alceu Chichorro, o Chargista, Newton Sampaio, o Escritor e Plácido e Silva.

Pesquisador incansável, foi membro do Centro de Letras do Paraná, do Círculo de Es­tudos Bandeirantes, da Academia Brasileira de Médicos Escritores e do Instituto de História da Medicina do Paraná.

Escreveu ainda as crônicas que compõem o volume Do Fundo do Baú, editado postu­mamente. Permanecem inéditos os perfis biográficos Raul Gomes, Percival Charquetti, Padre Cícero, Ingênuo ou Mistificador?, Maupassant, Um Gênio Atormentado, Dicio­nário de Pseudônimos, Cadilhe e a História da Academia Paranaense de Letras, na qual foi recebido, em sessão solene, no dia 16 de maio de 1994, pelo acadêmico Túlio Vargas. Faleceu em Curitiba em 11 de junho de 2005. (VHJ)

Patrono: Joaquim Dias da Rocha Filho (1862-1895)
Fundador: Francisco Heráclito Ferreira Leite (1889-1982)
2.º Ocupante: Léo de Almeida Neves (1932)