Nasceu em Curitiba, dia 11 de janeiro de 1902, filho de Francisco Lourenço de Lima e Flora Lopes de Lima. Exerceu na adolescência o cargo de oficial dos Correios e Telégrafos, mas sua inclinação foi sempre pela poesia que cultivava nas horas de lazer. Usava nas publicações os pseudônimos Aldo Junior, Olavo Junior e Capremonte Zinkofrewsky. Pertenceu à geração literária surgida em 1922, com a revista Flâmula, da qual faziam parte, entre outros, De Sá Barreto, Alceu Chichorro, Correia Júnior e Quintiliano Pedroso.

Despreocupado, pois tinha hábitos boêmios antes de casar-se, escrevia nas redações dos jornais, nas mesas dos cafés ou confeitarias, não ligando importância aos produtos de sua pena. Assim se explica o fato de haver dado à estampa um único livro de ver­sos, Coração… Minha Vida!, e, se tal ocorreu, foi em grande parte devido à dedicação afetuosa e diligente de amigos seus. Aprazia-lhe colaborar em todos os periódicos que lhe requisitavam a verve poética. Assim colaborou regularmente na imprensa e nas revistas da época, tais como Gazeta do Povo, A Flâmula, Revista do Sul, Sonetos Para­naenses, Jazz, a Farofa, Ilustração Paranaense, Prata de Casa, Correio dos Ferroviários, O Mensageiro do Natal, O Itiberê, Diário da Manhã e Jornal dos Poetas.

Incursionou, também, pela arte cênica, escrevendo a comédia O Fumaça em Morun­gava e o drama, em dois atos, O Natal do Bombeiro, ambas encenadas pela Sociedade Teatral Renascença, em 30 de dezembro de 1931, no Teatro Guaíra.

Dos seus sonetos selecionados, vale destacar Há Uma Coisa Qualquer, nos seguintes versos: “Há uma coisa qualquer por esse mundo afora/Um ideal, talvez, que é novo para mim./Alvores de manhã, cintilações de aurora/Um perfume, uma flor, alguma coisa enfim/Qualquer coisa há de haver, pois minh’alma se enflora/Em convulsões de sonho, estranhas e sem fim/E dentro do meu ser sinto espontar-me agora/Or-questrações de amor em flautas de marfim./E que anseio me vem, e que anseio de luz/Canta dentro de mim qual rouxinol festivo/Que o festivo luar arrebata e seduz./Pois em tanta emoção há uma coisa qualquer/Que me obriga a sentir a glória de estar vivo/Um perfume… uma flor… um beijo… uma mulher…”

Faleceu em 29 de outubro de 1945, deixando viúva e dois filhos. No sepultamento, a oração de despedida foi proferida de maneira inflamada pelo ami­go e companheiro — de boemia e Academia — Alceu Chichorro. (VHJ)

Patrono: Leônidas Fernandes de Barros (1865-1926)
Fundador: Adolpho Jansen Werneck de Capistrano (1877-1932)
2.º Ocupante: Carlos Alberto Teixeira Coelho Júnior (1894-1969)
3.º Ocupante: Ladislau Romanowski (1902-1997)
4.º Ocupante: Leonilda Hilgenberg Justus (1923-2012)
5.º Ocupante: Darci Piana (1941)