Roberto Gomes nasceu em Blumenau, em 1944, filho do jornalista João Gomes e de Ondina Cruz. Viveu numa casa na beira do rio, onde na parte dianteira funcionava as oficinas do jornal que o pai editava. Reside desde 1964 em Curitiba, Paraná. É professor aposentado da UFPR. É divorciado e tem quatro filhos.
Publicou romances, contos, crônicas, literatura infantil, além de traduções. Sua primeira obra, Crítica da Razão Tupiniquim (1977), em décima segunda edição, questiona a filosofia no Brasil.
Em 1979 obteve o Prêmio José Geraldo Vieira com o romance Alegres Memórias de um Cadáver. Escreveu outros romances, como Antes que o Teto Desabe (1981), Terceiro Tempo de Jogo (1985), Os Dias do Demônio (1995) e Todas as Casas, (2004).
Publicou dois livros de contos, Sabrina de Trotoar e de Tacape (1981) e Exercício de Solidão (1998), e quatro livros dirigidos ao público infanto-juvenil: O Menino que Descobriu o Sol (1982), Carolina do Nariz Vermelho (1986), Aristeu e sua Aldeia (1987) e A Difícil Arte de ser Urubu (2001). O Demolidor de Miragens, 1983, e Alma de Bicho, 2000, são coletâneas de crônicas, escritas para o jornal Gazeta do Povo. Traduziu Gogol, Dostoievski, Merimée e Voltaire.
Tem participação em inúmeras antologias, destacando-se também as obras em que analisa aspectos da Filosofia, matéria da qual foi professor.
Em paralelo ao trabalho no magistério, foi diretor da Criar Edições e, entre 1989 e 1998, dirigiu a editora da UFPR.
Sua obra foi analisada por vários estudiosos de literatura e de filosofia, tais como Guilhermino César, Wilson Martins, Marisa Lajolo, Miguel Sanches Neto, André Seffrin, Antônio Manuel dos Santos Silva, José Hildebrando Dacanal e Foed Castro Chamma.
Recebeu o prêmio Jabuti em 1982 com O Menino que Descobriu o Sol. Seu conto Sabrina de Trotoar e de Tacape foi adaptado para o cinema, no longa-metragem Flor do Desejo. Em 2008 publicou o romance Júlia sobre a vida da poetisa Júlia da Costa e, em 2011, o romance O Conhecimento de Anatol Kraft.
Eleito para a Academia Paranaense de Letras em 10 de maio de 2017, tendo tomado posse em 21 de agosto do mesmo ano, em cerimônia no auditório da Federação do Comércio do Paraná, saudado por Paulo Venturelli. (EB)
Patrono: Emílio Correia de Menezes (1866-1918)
Fundador: Helvídio da Silva Pereira (1883-19**)
1.º Ocupante: Lauro Grein Filho (1921-2015)