Nasceu no dia 10 de agosto de 1889, em Curitiba, filho de João Teófilo Gumy e Clotilde Caillet Dellez Gumy.

Estudou no colégio de Júlio Teodorico, destacando-se desde adolescente pelo talento precoce. Espírito sensível de po­eta que Valfrido Pilotto classificou de “messiânico”, mesmo assim pegou em armas na sua mocidade para combater no Contestado. Em 1930 voltou à condição de voluntário no Ba­talhão João Francisco.

Trabalhou durante muito tempo na Estrada de Ferro. Depois, em Santa Catarina, exer­ceu as funções de inspetor de ensino. Sua paixão, além da poesia, foi o jornalismo, tendo contribuído em ambas as vertentes da vocação com indiscutível competência intelectual. Deixou publicadas mais de seis mil crônicas em vários periódicos curitiba­nos.

Em 1948 lançou uma obra autobiográfica, Pedaços de Coração. Gostava muito do gênero de quadras populares de sete sílabas. No fundo, um socrático, cujos temas se viam repassados de espiritualidade. Deixou só três livros publicados, mas uma obra de grande dimensão humanística. Era casado com Maria dos Santos Lima Gumy e deixou duas filhas. Companheiro de Emiliano Perneta, Serafim França e Emílio de Menezes, “ele sempre foi um jornalista livre, que nunca se vendeu, nem maculou a sua profissão com interesses financeiros,” conforme sentenciou outro jornalista de nomeada, Raul Rodrigues Gomes.

Orador e conferencista, fazia constantemente palestras na Federa­ção Espírita do Paraná. Acima de tudo, foi um jornalista fascinado pela sua profissão, embora tenha nela consumido o pão mais amargo de sua vida espiritual. Profissional completo, quando circulava o jornal O Estado, entre 1936 e 1937, era ele o organiza­dor, o redator, o colaborador, o comentarista político, o tradutor dos telegramas e o repórter, a fotografar os casos comuns de todas as horas.

De espírito boêmio, às vezes perdulário, generoso e simples, tinha ele a candura dos apóstolos, a desperdiçante boemia dos gênios e o displicente descuido dos rigorosamente fatalistas.

Faleceu em Curitiba, dia 23 de outubro de 1970. Ingressou na APL em 1967, recepcio­nado pelo acadêmico Raul Rodrigues Gomes. (TV)

Patrono: Ismael Alves Pereira Martins (1876-1926)
Fundador: Vicente Montepoliciano Nascimento Júnior (1880-1958)
2.º Ocupante: Dario Nogueira dos Santos (1899-1980)
3.º Ocupante: Pompília Lopes dos Santos (1900-1993)
4.º Ocupante: Hellê Vellozo Fernandes (1925-2008)
5.º Ocupante: Clotilde de Lourdes Branco Germiniani (1938-2018)
6.º Ocupante: José Pio Martins (1951)