Nasceu em Curitiba em 10 de setembro de 1907 tornando­-se um dos mais competentes e respeitados filólogos nacio­nais. Desde cedo passou a se interessar pelos estudos da linguística, da glotologia e do aprendizado de várias línguas. No convívio familiar, ouviu e aprendeu a lidar com três idiomas diferentes: o de seu pai, o árabe; o de sua mãe, o italiano; e o de seu próprio país. Estudou nos ginásios Bom Jesus, Dioce­sano e Santa Júlia. Em 1934, formou-se em Direito pela Universidade do Paraná.

Toda a sua vida foi dedicada ao magistério. Lecionou Português no Colégio Estadual Regente Feijó, em Ponta Grossa, no Colégio Estadual do Paraná por 14 anos e na Escola Técnica de Curitiba durante duas décadas. Professor catedrático titular de Língua Portuguesa do Setor de Ciências Humanas, Letras e Artes da Universidade do Paraná, professor contratado de Filologia Românica na então Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras e assistente de Linguística no Museu Paranaense.

Casado em 1941 com Fili, muitas vezes a esposa o acompanhava até aos redutos indígenas, no convívio dos silvícolas, a estudar-lhes a língua e os costumes. Tanto assim que bem moço, com apenas 25 anos de idade, surpreendeu os estudiosos ao lançar Novos Rumos da Tupinologia. Conhece­dor de vários idiomas, autor de mais de trezentas publicações filológicas, desde 1937 a Editora Saraiva faria com ele um contrato de exclusividade para a publicação de suas obras didáticas.

Manteve durante muitos anos na Voz do Paraná e na Gazeta do Povo a seção Divaga­ções Linguísticas, de consulta obrigatória por estudantes e professores.

Membro da Academia Brasileira de Filologia, do Instituto Histórico e Geográfico do Paraná, do Círculo de Estudos Bandeirantes, revisor de nossa Constituição de 1947 e de 1967, Professor Emérito da Universidade Federal do Paraná em dezembro de 1979, delegado permanente do Brasil junto ao Comitê Internacional de Ciências Onomás­ticas com sede na Bélgica, deixou entre seus numerosos trabalhos Estudos Sobre a Língua Caingangue (1942), Estudos Sobre a Língua Camacã (1945) e Tabus Linguísticos (1941 e 1956).

Internado no Instituto de Medicina e Cirurgia, duas semanas depois faleceu em Curiti­ba, de trombose cerebral, em 31 de agosto de 1987. (WB)

Patrono: Aristides de Paula França (1879-1910)
Fundador: José Antônio Fernandes Cadilhe (1881-1942)
1.º Ocupante: José Farani Mansur Guérios (1905-1943)
3.º Ocupante: Francisco Filipak (1924-2010)
4.º Ocupante: Cecília Vieira Helm (1937)