Filho de Paulo Scherner e Maria Corona Scherner, nas­ceu em São José dos Pinhais, no dia 22 de julho de 1919. Fez os primeiros estudos em São José dos Pinhais, no Colégio da Divina Providência. Graduou-se em Letras Neolatinas pela Universidade do Brasil, no Rio de Janei­ro, onde foi aluno de Manuel Bandeira, do que muito se orgulhava. Casado, de volta ao Paraná, formou-se em Direito. Concluído o curso de Direito, tendo anterior­mente concluído o de Letras Neolatinas, não se submeteu ao encanto das arcadas, preferindo a Língua Portuguesa, a Filologia e a diversificação no campo da Literatura, com manifesta vocação para o magistério, protagonizando eventos pioneiros na Edu­cação e na Cultura. Foi um dos fundadores da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, que, depois, evoluiu para Universidade Católica do Paraná, e da Faculdade de Admi­nistração e Economia de Curitiba. Foi professor de Português, Filologia e Literatura Portuguesa e membro do Conselho Estadual de Cultura.

Também diretor-geral do campus de São José dos Pinhais, da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, exercendo, concomitantemente, o decanato do Centro de Ciências Agrárias e Ambientais.

Manteve sempre ações de vanguarda nos movimentos culturais, sendo conhecido como o introdutor de Fernando Pessoa no Paraná. Poeta da nostalgia e da pureza original, conforme a definição do poeta e crítico Reinoldo Atem, identificou-se com Manuel Bandeira. Impregnou-se da poesia renovadora que alimentou o movimento modernista de 1922. E, a exemplo do mestre, mesmo aposentado, jamais interrompeu a atividade literária. Escritor e crítico, debruçou-se sobre a vida de Luís de Camões, cuja genialidade exaltou em atraente livro paradidático.

Foi distinguido com a Comenda da Ordem do Infante D. Henrique pelo governo portu­guês e obteve o primeiro lugar com o trabalho Literatura, Elemento de Integração, em seminário, em Évora, Portugal, onde a obra foi publicada.

Encontra-se entre os fundadores do Centro de Estudos Portugueses da PUCPR. Vate e prosador de méritos indiscutíveis, sua produção ficcional e poética é diversificada e abrangente. Entre outras obras, sua bibliografia registra: Clássicos da Juventude, 8 volumes, prosa; O Dia Anterior ao Primeiro Dia da Criação, poesia.

Foi recepcionado pelo acadêmico Vasco Taborda Ribas, em 28 de setembro de 1976.

Faleceu em São José dos Pinhais em 27 de janeiro de 2011. (TV)

Patrono: Fernando Amaro de Miranda (1831-1857)
Fundador: Manoel de Azevedo da Silveira Netto (1872-1942)
1.º Ocupante: Tasso Azevedo da Silveira (1895-1968)
3.º Ocupante: Paulo Venturelli (1950)