Nasceu em Curitiba, em 1.º de setembro de 1893, fi­lho de Francisco Xavier Gomes e Júlia Martins Gomes. Formou-se em Direito pela Faculdade Livre de Ciên­cias Jurídicas e Sociais do Rio de Janeiro. Exerceu, de 1917 a 1925, cargos públicos naquela capital, tendo militado na imprensa carioca. Tomou parte na 1.ª Con­ferência Nacional de Juristas e no Congresso Nacional de Direito Judiciário, apre­sentando trabalhos da sua lavra.

Voltando ao Paraná, tornou-se membro do Tribunal Regional Eleitoral. Foi suplen­te de deputado à Assembleia Legislativa do Paraná (1935) e de vereador à Câmara Municipal de Curitiba. Dedicou-se à advocacia e ao magistério. Tornou-se catedrá­tico, por concurso, da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Paraná, na disciplina de Direito Internacional. Começou a afirmar-se na literatura por meio da revista Fanal, que ele mesmo dirigia, apesar de seus 19 anos de idade. Teve como companheiros de geração Andrade Muricy, Tasso da Silveira e Lacerda Pinto. Estes, discípulos de Dario Vellozo no Ginásio Paranaense, receberam sua influência, pro­duzindo poemas simbolistas.

Sua obra em versos mais vigorosa é o poema Goiobang (1953), de feição épica, retra­tando os fatos principais da História do Paraná. Em 1965, publicou um livro diferente, Carnaval Carioca, com flagrantes das folias momescas, o que lhe valeu receber título de cidadania honorária do Rio de Janeiro.

Vida literária intensa, participante de todos os movimentos culturais, exerceu cargos na diretoria de várias instituições do gênero. Das suas colaborações é mister ressaltar: A Batina, Folha Rósea, Atheneia, A Sulina, O Itiberê; Sonetos Paranaenses. Poesias: Ode ao Imigrante; Hino à Paz; Ode ao Café; No Delírio dos Salões; Páginas Folclóricas.

Escritor, poeta, jornalista, jurista e professor universitário, serviu ao Paraná com apre­ciável lastro de cultura, humanismo e ética. Durante o governo Clotário Portugal, exer­ceu o cargo de secretário de Estado da Justiça.

Faleceu em Curitiba, dia 3 de abril de 1977. (TV)

Patrono: Bento Fernandes de Barros (1834-1908)
Fundador: João Pamphilo d’Assumpção (1868-1945)
2.º Ocupante: Marino Bueno Brandão Braga (1920-2010)
3.º Ocupante: Ney José de Freitas (1953)