Nascido em Fortaleza (CE) em 1.º de junho de 1834. Mudou-se para Pernambuco e, aos 19 anos de ida­de, colou grau pela Faculdade de Direito de Olinda, como bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais.

Instalada a Província do Paraná, nela iniciou sua carreira política e educacional. Em 1856 foi nomeado juiz municipal e de órfãos do Termo da Capital; em 1859, chefe de polícia interino e, nesse mesmo cargo, efetivado dois anos depois. Ainda ao final dessa década, passou a exercer as funções de inspetor-geral da Instrução Pública. Casou-se em 6 de julho de 1858 com Joaquina de Oliveira Franco, filha do Brigadeiro Manoel de Oliveira Franco. Em 1871, foi juiz de direito da Comarca de Guarapuava e, em 1874, inspetor do Tesouro Provincial e advogado da Câmara Municipal de Curitiba. Pelo Go­verno Imperial, em setembro de 1875, mereceu a escolha para o exercício do cargo de chefe de polícia de Minas Gerais. Voltou ao Paraná e no biênio 1878/1879 atuou como deputado provincial. Procurador de justiça do Estado em 1891, um ano depois chega­ria a desembargador do Superior Tribunal de Justiça. Até que, em 8 de maio de 1894, pelo Decreto n.º 26, em vista da situação anormal do Estado, o então vice-presidente do Estado do Paraná o aposentou.

Mudou-se em seguida para Goiás, onde se dedicou à magistratura, retornando ao Pa­raná quatro anos depois. Exerceu também as funções de juiz de direito de Joinville, cidade em que sofreu vexames e humilhações. Não conseguiria uma casa para morar, nem mercado para sua subsistência e a de sua família ou escola para a educação de seus filhos, face às suas notórias simpatias pelo Paraná na questão de limites com Santa Catarina, expressa em diversas obras.

Jornalista e escritor, são de sua autoria: Discussão da Questão de Limites entre Para­ná e Santa Catarina (Rio, 1877); Memorial sobre a Questão de Limites entre Paraná e Santa Catarina (Curitiba, 1897); Esclarecimento sobre a Questão de Limites entre Paraná e Santa Catarina (1902); Notícias sobre o Paraná; O Movimento Progressista da Criminalidade e Organização da Polícia Administrativa e Judiciária. Seu nome seria lembrado por seu genro, Pamphilo d’Assumpção, para patrono da cadeira n.º 7 da Aca­demia Paranaense de Letras.

Deixou nove filhos, dentre eles o escritor e acadêmico Leônidas de Barros, patrono da Cadeira n.º 29, e Maria Amélia, artista plástica premiada, nascida em Joinville, casada em segundas núpcias com Pamphilo d’Assumpção. Mesmo com sua extensa biografia, que inclui cargos exercidos em diferentes regiões brasileiras, não foi possível encontrar, ao menos, uma foto de Fernandes de Barros, hoje nome de rua em Curitiba. Faleceu no Rio de Janeiro no dia 16 de fevereiro de 1908. (WB)

Fundador: João Pamphilo d’Assumpção (1868-1945)
1.º Ocupante: Oscar Martins Gomes (1893-1977)
2.º Ocupante: Marino Bueno Brandão Braga (1920-2010)
3.º Ocupante: Ney José de Freitas (1953)