Ildefonso Pereira Correia, mais conhecido por Ildefon­so Serro Azul, nasceu em Curitiba no dia 9 de julho de 1888. Era filho do Barão do Serro Azul.

Poeta, humorista, boêmio, contista, romancista e autor teatral, sócio fundador do Centro de Letras do Paraná, tornou-se um colaborador assíduo da maioria dos jor­nais e revistas paranaenses. Sua figura física, inconfundível, inspiraria um soneto que assim começava: “Baixo e ventrudo, gordo, redondinho, que esquisita figura ele ofere­ce… Não é perfídia minha: um leitãozinho, Rechonchudo e luzente, ele parece.”

Sua bibliografia não é pequena e dela podemos destacar: Lilazes; O Eco Daquela Voz…; Saudade; Paisagens de Minha Terra, poesias; a novela Liberdade, os romances Viva o Tango!, Fazendo a América e A Mania da Época, este publicado em capítulos pelo Diário da Tarde, em janeiro de 1927. Já bem marcante a sua contribuição para o teatro: O Pau da Gaita, com Ciro Silva; Mais Uma…; O Coração Adivinha, com Bento Mossu­runga; Na Terra da Prontidão, com Ciro Silva; É do Que Há!, com Nho Lisandro; O Tifo, com Léo Kessler; O Diabo Atrás da Porta, com Ciro Silva; Um Genro Milionário e Rumo ao Catete, ainda com Ciro Silva; e as inéditas, Tarde Piaste!, A Mocidade Tudo Vence, Depois da Epidemia, Casamento Original, No Dia dos Reis Magos e Um Rapto Político, com Rodrigo Júnior, baseado no rapto do Dr. João Cândido, fantasiado de mulher, pelo Tenente Carlos Eiras.

Proprietário do Teatro Mignon, com Adalberto Nácar, redator do jornal humorís­tico O Anzol, com Alceu Chichorro, Ciro e Correia Júnior, foi responsável por várias seções de feição satírica como Arame Farpado e A Semana Cômica, na Gazeta do Povo; A Semana Rimada, no Comércio do Paraná; Escapamento Livre, em O Dia; Glosas, no Diário da Tarde e Pólvora Miúda, em A Tribuna.

Utilizando-se das armas do humorismo, ora assinando-se Barãozinho, ora Jeca Rabe­cão, tentava enganar-se a si próprio, vencendo os momentos trágicos de sua existên­cia, as perdas trágicas do pai, do filho Luís Fernando, de suas irmãs, de sua mãe, do sogro e da sogra, Argentina, sempre consolado pela presença de sua esposa Cons­tancinha. Foi nomeado fiscal do ensino secundário para o estado de São Paulo, onde morreu em 30 de junho de 1949. (WB)

Patrono: Francisco Antônio Monteiro Tourinho (1837-1885)
Fundador: Jayme Ballão (1869-1930)
2.º Ocupante: Jayme Ballão Júnior (1891-1968)
3.º Ocupante: Elias Karam (1902-1975)
4.º Ocupante: Luiz Carlos Pereira Tourinho (1913-1998)
5.º Ocupante: Rafael Valdomiro Greca de Macedo (1956)