Cândido Lopes, patrono da academia

Cândido Lopes, patrono da academia

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Com a emancipação política do Paraná, o primeiro presidente da província, o baiano Zacarias de Góis e Vasconcellos, instalou um jornal para divulgar fatos da região e os feitos do governo que encabeçava.

Foi assim que Cândido Lopes desembarcou em Paranaguá, trazendo com ele a máquina impressora. Depois de subir a serra em lombo de burro – ele e o maquinário –, Cândido Lopes instalou-se na Rua das Flores n.º 13 (atual Rua XV de Novembro), a partir de onde “O Dezenove de Dezembro” passou a circular como semanário em 1.º de abril de 1854. Era o órgão oficial da província do Paraná.

O semanário (que, mais tarde, perdeu a letra “O” do início do nome) circulou até o dia 9 de abril de 1890, durante 36 anos e nove dias. A essa altura, Cândido Lopes já havia falecido (dezembro de 1871, aos 68 anos). A viúva Gertrudes e o filho Jesuíno ainda tentaram sobreviver com o jornal, mas sucumbiram com a chegada da República.

Cândido Lopes é considerado o patrono da imprensa paranaense. Escreveu apenas uma obra, a “Biografia ou breve notícia sobre a vida do muito humanitário médico Dr. José Cândido da Silva Murici”, com 80 páginas, editada do Rio de Janeiro em 1879 (edição póstuma).

Além de jornalista e escritor, foi procurador interino da Tesouraria Provincial, juiz de Paz, delegado de polícia e vereador.

É também patrono da Cadeira n.º 2 da Academia Paranaense de Letras, atualmente ocupada pelo presidente da entidade, Ernani Buchmann.

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