Nasceu em Curitiba no dia 7 de dezembro de 1926, filho do desembargador Francisco Cunha Pereira e de Julin­da Ferreira da Cunha Pereira. Fez o curso fundamental no Grupo Escolar Barão do Rio Branco e Colégio Santa Maria.

Formou-se em Direito em 1949, Turma Rui Barbosa, após intensa militância acadêmica, em que se elegeu conselheiro da União Paranaense dos Estudantes e primeiro presidente do Diretório Central dos Estudantes – e, como tal, primeiro representante dos estudantes junto ao Conselho Universitário.

Destacou-se nos estudos. Na solenidade de graduação na Universidade Federal do Pa­raná, foi contemplado com o Prêmio Brigadeiro Franco. Tornou-se um dos fundadores da Campanha Nacional de Educandários Gratuitos, no Paraná. O Ginásio João Cândido (nome de seu avô materno, médico, professor e ex-presidente do Estado) foi a primei­ra unidade implantada, que já formou milhares de alunos.

Lecionou na Universidade, como catedrático interino, as cadeiras de Ciências das Finanças, Direito Internacional Privado e Previdência Social, no curso de Legislação Sindical, e Prática Jurídica Civil e Comercial na Escola Técnica São José. Advogado mili­tante, tomou parte em vários processos de larga repercussão no Estado, notadamente no Tribunal do Júri.

Foi eleito e reeleito, sucessivamente, conselheiro da Ordem dos Advogados do Brasil, Sec­cional do Paraná. Exerceu a presidência do Instituto dos Advogados do Paraná, em 1969.

Acumulou durante sua carreira as funções de jornalista e advogado. Assumiu a direção do jornal Gazeta do Povo em 1962. Na TV Paranaense, emprestou modernidade e di­namismo ao jornalismo regional. Graças à visão empresarial, tornou-se líder de várias campanhas de proteção do Estado, escrevendo editoriais históricos, entre os quais aqueles em que pugnou pela defesa da integridade do território paranaense, constan­temente ameaçado por movimentos de caráter separatista. Foi dele a iniciativa pela cobrança de royalties, devidos pela União ao Paraná, em razão da desapropriação de terras paranaenses para a construção da usina de Itaipu, enfim bem sucedida.

Em todos os seus atos manteve a tônica da preservação da tradição e da história, o que conferiu bem a medida do seu interesse pela cultura. Tomou posse na APL no dia 17 de novembro de 1998, saudado pelo acadêmico Lauro Grein Filho. Faleceu em Curitiba em 18 de março de 2009. (TV)

Patrono: Joaquim de Almeida Faria Sobrinho (1847-1893)
Fundador: Hyppolyto Pacheco Alves d’Araújo (1869-1946)
1.º Ocupante: Manoel de Lacerda Pinto (1893-1974)
3.º Ocupante: Laurentino Gomes (1956)