Nascido em Curitiba em 16 de fevereiro de 1914, filho de Manoel Claro Alves e de Hélia Simas Alves. Formou-se em Medicina pela Universidade do Paraná e exerceu os mais altos cargos da hierarquia magisterial. Foi diretor do Hospital das Clínicas, e vice-diretor da Faculdade de Me­dicina, chefe do Departamento de Medicina Forense e Psiquiatria, diretor do Setor de Ciências da Saúde, diretor do Instituto Paranaense de Medicina, do Conselho Regional de Medicina, presidente da Sociedade Paranaense de Psiquiatria e Criminologia, da Liga Paranaense de Combate ao Câncer, membro do Conselho Penitenciário do Estado e da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores.

Foi autor de uma das obras mais completas já publicadas no Brasil sobre Medicina Legal e Deontologia e de muitos outros livros, tanto no ramo médico quanto no lite­rário. É difícil separar, na biografia deste mestre, o médico do professor ou o cientista do escritor, tal a conjunção desses atributos numa personalidade sempre movida de ímpetos e inquietações. Ora o médico que faz da profissão um destino, imolando a sua vocação sacerdotal a perseguir permanentemente o conhecimento humano e salvar vidas; ora o cientista inconformado, a mergulhar nos ensaios experimentais à procura das verdades imponderáveis; ora o professor, na pertinácia do estudo e do devotamen­to, a moldar inteligências; ora o escritor a registrar lições e indicar caminhos para erigir a cultura coletiva. Participando de diversos congressos e simpósios, neles apresentan­do seus trabalhos e suas teses, conferencista, professor universitário, homenageado com medalhas, placas e troféus durante sua intensa vida profissional, representa um exemplo para todos os que desejam vencer na carreira médica. Entretanto, dizia, “o talento só não pode fazer um escritor, nem professor, nem um médico, muito menos um cientista. Por detrás desses valores deve haver um homem.” E realmente ele existiu na larga dimensão dessas revelações do saber, da virtude e da honra.

Faleceu dia 19 de janeiro de 2000, em Curitiba. Tomou posse em 25 de outubro de 1984, recepcionado pelo acadêmico Ruy Noronha Miranda. (TV)

Patrono: Cônego João Evangelista Braga (1850-1913)
Fundador: Leônidas Moura de Loyola (1892-1938)
1.º Ocupante: Milton Ericksen Carneiro (1902-1975))
3.º Ocupante: Albino de Brito Freire (1941)