Nasceu em Curitiba, dia 7 de fevereiro de 1894, filho de Clau­dino Rogoberto Ferreira dos Santos e Elvira Ferreira dos San­tos. Depois de cumprir os cursos fundamentais, bacharelou-se em Direito pela Faculdade do Largo de São Francisco, em São Paulo. Ingressou na carreira do Ministério Público em 1912. Mais tarde, Curador de Menores e Chefe de Polícia do Estado. Exerceu constante atividade política.

Com a Revolução de 30 caiu no ostracismo, mas elegeu-se deputado em 1934. Com o golpe do Estado Novo, cerradas as portas do Parlamento, voltou à atividade advocatí­cia. Fundou com outras lideranças a União Democrática Nacional, de oposição frontal à ditadura. Em 1947, já no regime democrático restabelecido, elegeu-se senador. Teve ativa participação nos trabalhos parlamentares e representou o Brasil em várias confe­rências internacionais. Atuante no jornalismo, dirigiu o Diário da Tarde, no qual publi­cou inflamados artigos contra a política dominante. Dedicado ao magistério superior, lecionou Economia Política na Universidade Federal do Paraná.

Orador vibrante, dos mais eloquentes de seu tempo, sua presença na tribuna era se­gurança de mensagens clarividentes. Presidiu por longos anos o diretório regional, inclusive o nacional, da UDN, correligionário de Carlos Lacerda, Adauto Lúcio Cardoso e outros talentos daquela geração.

Foi advogado, depois presidente do Banco do Brasil, cargo em que se aposentou. Inte­grou, como embaixador do Brasil, a delegação à IX Conferência Interamericana de Bo­gotá, Colômbia, da qual resultou a Carta da Organização dos Estados Americanos. Foi quem saudou, em nome do Congresso, o presidente Harry Truman, este em visita ao Brasil. Concluído o mandato de senador, voltou ao Congresso Nacional em 1952 como deputado federal, intensificando sua profícua ação parlamentar. Foi de sua autoria o projeto de lei que permitiu a federalização da Universidade do Paraná, cuja congrega­ção conferiu-lhe o título de Professor Benemérito.

Recebeu igual título de cidadania concedido pela Assembleia Legislativa do Estado. Sobre a sua biografia, leia-se O Tribuno da Liberdade, edição de Torre de Papel, 2004. Faleceu no Rio de Janeiro em novembro de 1972.

Saudou-o, por ocasião do seu ingresso na APL, em 17 de março de 1945, o acadêmico Laertes Munhoz. (TV)

Patrono: Fernando Machado Simas (1851-1916)
Fundador: Ernesto Luiz de Oliveira (1874-1938)
1.º Ocupante: Hugo Gutierrez Simas (1883-1941)
3.º Ocupante: Odilon Túlio Vargas (1929-2008)
4.º Ocupante: Jeorling Cordeiro Cleve (1932)