A imprensa internacional acaba de publicar a participação de nosso Para Francisco em inúmeros conclaves sobre o clima e o meio ambiente, que contaram sempre com a participação dos principais líderes religiosos da Terra e no qual se confirmam a preocupação transcendente para o fato até agora constatado de que a humanidade ainda não aprendeu a cuidar com carinho do planeta onde vive.

Ora, tal fato nos demonstra que a obtenção da tão sonhada unidade ecumênica da humanidade pode ser alcançada, se todos nos apegarmos com afinco à única coisa que identifica todos os seres humanos, a sua realidade espiritual. Pois, todos nós, seres humanos, somos dotados de uma mesma natureza, pela presença em todos nós de um Espírito Inteligente que nos dá a Vida, patrocinando as mesmas características psíquicas, as mesmas limitações, um mesmo destino transcendente. Não obstante, a história tem sido um empecilho forte na colimação do ecumenismo e a única forma que a humanidade teria para atingir tal unidade de concepções seria através de um paradigma que pudesse agregar a unidade virtual reconhecida em todos os seres humanos, que por serem dotados de um mesmo Espírito, são possuidores dos mesmos direitos.

Caberia à Organização das Nações Unidas (ONU) estabelecer uma Carta de Recomendação a todos os países, para que procurassem superar suas diferenças históricas na atmosfera da cultura e passassem a desenvolver, pela educação de seus povos, a implementação e o respeito àqueles requisitos básicos que constituem nossa verdadeira natureza.

Assim, os diferentes países passariam a inserir em suas Constituições, o reconhecimento, como norma pétrea, que todos os seres humanos são seres espirituais dotados de criatividade, racionalidade, sentimento e liberdade, cabendo a seus governos tudo fazer, em suas políticas internas, para que os referidos paradigmas fossem respeitados em sua integralidade.

Esse seria, realmente, um passo importante na obtenção paulatina de um ecumenismo pacífico, tolerante e respeitoso das tradições locais, mas não opressivo à autonomia dos povos ou à liberdade das pessoas. Nossa espiritualidade, ínsita em nosso ser é, portanto, a única via possível para a obtenção da tão sonhada unidade de todos os povos.

  • Autor: acadêmico Antonio Celso Mendes
  • Foto: arquivo APL
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