Nasceu em Curitiba no dia 19 de julho de 1900. Era filho de Alcides Munhoz e de Ifigênia de Macedo Munhoz. Depois de cumprido o curso fundamental, matriculou-se na Faculdade de Direito, onde colou grau. Nomeado, em seguida, para o Ministério Públi­co, exerceu a promotoria em diversas comarcas. Dado o brilho de sua cultura, não tardou a ser convocado para as altas funções de advogado-geral do Estado. Ocupou, inclusive, o mais elevado cargo da carreira, o de procurador-geral.

Na juventude foi destacado futurista, movimento que fez tremer as bases literárias conservadoras do Paraná.

Orador inspirado, culto e eloquente, destacou-se no júri e na arena política, consa­grando-se dos maiores tribunos de seu tempo. Foi o orador oficial dos congressos do Ministério Público, inclusive no ato de lançamento da pedra fundamental do monu­mento a Rui Barbosa. Presidiu, por vários anos, o Instituto dos Advogados do Brasil, no Paraná. Professor catedrático da Faculdade de Direito do Paraná, suas aulas de Direito Penal tornaram-se famosas, não só pela objetividade didática, mas igualmente pela cultura abrangente de verdadeiro mestre.

Sua atuação no campo jurídico pode ser medida pela vasta bibliografia, de cuja rela­ção destacaremos: Homicídio Consensual; O Estatuto do Funcionário Público; Erro de Direito e Erro de Fato; Das Penas Acessórias; Da Qualidade Subjetiva no Código Penal Brasileiro; Da Ética Profissional do Jornalista e Proteção dos Direitos Internacionais do Homem. Na área literária, publicou: Discurso de Paraninfo; Aspectos da Vida Literária de Alcides Munhoz; Elogio de Hugo Simas e Ulisses Vieira; A Vida Literária de Joaquim Nabuco e Discursos e Perfis.

Elegeu-se deputado em 1935, mandato interrompido pelo Estado Novo. No ano se­guinte ingressou na Academia Paranaense de Letras. Voltou à Assembleia Legislativa em 1947, pela União Democrática Nacional, da qual foi dos mais brilhantes líderes. Ainda foi presidente da Assembleia Legislativa e secretário de Estado dos Negócios do Interior e Justiça. Reelegeu-se mais uma vez, em 1950, para novo mandato estadual. Faleceu em Curitiba no dia 21 de dezembro de 1967. (TV)

Patrono: Alfredo Caetano Munhoz (1845-1921)
Fundador: Alcides Munhoz (1873-1930)
2.º Ocupante: João Manuel Simões (1939)