Nascido em Curitiba em 1.º de outubro de 1876, passou a exercer a partir dos dez anos de idade o ofício de tipógrafo, compondo os periódicos locais das cidades por onde passava sua família, tais como Paranaguá (Pátria Livre), Campo Largo (Escolar) ou Curitiba (Diabinho). Aluno aplicado do Instituto Paranaense, em 1893 inscreveu-se como voluntário do Batalhão Patriótico 23 de Novembro. Em seguida mudou-se para o Rio. Lá, na Escola Politécnica, recebeu o diploma de engenheiro, com 23 anos de idade. Exerceu funções técnicas na Estrada de Ferro São Paulo – Rio Grande e na Leopoldina. Voltou ao Paraná em 1903, casando com Francisca, que lhe deu 11 filhos. Foi nomeado comissário de terras e, posteriormente, chefe de Seção da Câmara Municipal de Curitiba. Continuou sua ascensão na vida burocrática, passando a diretor de Obras e Viação do Paraná e, no biênio 1912-1913, chegou a secretário de Estado dos Negócios de Obras Públicas, logo determinando a reabertura da estrada da Graciosa, por 30 anos abandonada. Iniciou o serviço de fundações de colônias nacionais no Irani. Protegeu os índios. E se fez pioneiro, no Brasil, em 1913, do aproveitamento do trabalho de sentenciados no serviço de conservação e construção de estradas. A partir de então, mudou-se para o Maranhão, como diretor da Estrada de Ferro São Luís-Teresina.
Adepto fervoroso da maçonaria, orador, polemista, ao lado de quatro irmãos fundou o Centro de Letras do Paraná. Em 1927, ingressou na Academia de Letras do Paraná, fazendo o elogio do Patrono, no caso seu pai, o abolicionista e republicano Albino Silva. Interessado pelos problemas e assuntos nacionais, grande autoridade em transportes ferroviários, deixou obras como As Aves, conferência (1906); O Problema da Catequese (1910); Contribuição para o Estudo da Climatologia (1910); Através do Romanismo (1911); Aspectos do Norte (1921); Lauro Sodré (1917) e As Vias Estratégicas para as Fronteiras Meridionais (1930).
Redator da revista Ramo de Acácia, presidente e orador do Clube Curitibano, somente nove anos após o seu falecimento, ocorrido no Rio em 26 de setembro de 1935, saiu sua obra histórica Ecos da Revolução de 1893 no Paraná. (WB)
Patrono: Albino José da Silva (1850-1905)
1.º Ocupante: Ciro Silva (1881-1968)
2.º Ocupante: Francisco Pereira da Silva (1908-1974)
3.º Ocupante: Samuel Guimarães da Costa (1918-1997)
4.º Ocupante: Luiz Geraldo Mazza (1931)