Nasceu em Curitiba em 1935. De textura sensível, sua poesia é romântica e melancólica. Formado em 1958, ingressou na magistratura, onde fez carreira a partir do ano seguinte. Desempenhou as funções de juiz nas comarcas de São José dos Pinhais, Paranaguá, Morretes, Antonina, Rio Negro, Colombo e, finalmente, Curitiba, onde passou por varas criminais, cíveis e de Auditoria Militar, culminando com o Tribunal de Alçada.
Costumava dizer que a vida lhe fora boa, embora dura, obrigando-se a ajudar desde cedo o pai no célebre Armazém Amadeu, de secos e molhados, por muitos anos localizado na Praça Zacarias. Isso acontecia geralmente nas férias porque o pai não abriria mão dos estudos do filho. “Primeiro a escola!” – afirmava o velho Amadeu. Tudo muito relativo, porque, na época de estudante de Direito, Assad era encontrado com frequência atrás do balcão, às voltas com cereais, banha e margarina a granel, pesando e servindo a fregueses e amigos. Jornalista ex-officio, foi muito tempo, na década de cinquenta, responsável pela coluna Direito & Avesso, no jornal O Estado do Paraná. Data dessa época a edição de seu primeiro livro de poesias, Pó do Deserto. Lançou depois Terra Abandonada, Miragem e O Livro de Nós Dois.
Em 1968 editou Poesia, juntamente com outros autores do Paraná. Na década de setenta, publicou dois livros de Direito: Embargos do Devedor e Ação de Consignação em Pagamento. Pouco antes de morrer, editou Lua Branca de Setembro. O último poema deste livro, curiosamente intitulado Testamento do Poeta, diz: “Deixarei tudo aí – o meu silêncio, a minha música, o meu poema,/a solidão e a melancolia,/para que tenhas estrelas/e a lua branca em teu céu. (…) para que possa encontrar/o infinito do meu sonho/e me ajoelhar diante de Deus.”
Faleceu, prematuramente, aos 50 anos de idade, no dia 7 de julho de 1985.
Foi recebido na Academia em 25 de fevereiro de 1971, pelo acadêmico Francisco Pereira da Silva. (VHJ)
Patrono: Luiz Ferreira França (1852-1921)
Fundador: Serafim França (1888-1967)
2.º Ocupante: Chloris Casagrande Justen (1923)