Primogênita de Miguel e Vitória Kolody, que se conheceram e casaram no Brasil, Helena foi a primeira criança nascida, em 12 de outubro de 1912, no recém-criado núcleo colonial de Cruz Machado.
Estudou em Três Barras, Mafra, Rio Negro e em seguida em Curitiba, aluna do Colégio da Divina Providência e da antiga Escola Normal, diplomando-se em 1931. São de 1924 seus primeiros versos, época em que estudava piano e pintura, em Mafra. Transferindo-se para Curitiba em 1927, teve, já no ano seguinte, seu primeiro poema publicado: A lágrima. A partir de 1930, viu seus versos em jornais e revistas, especialmente na revista parnanguara Marinha, grande estimuladora de suas letras.
Nomeada, por concurso, professora do Estado, subsequentemente lecionou em Rio Negro, Ponta Grossa e Curitiba. Finalmente, em 1937, foi designada para a Escola Normal da capital paranaense, ali permanecendo 23 anos, até aposentar-se, em 1962. Exerceu ainda as funções de inspetora federal do Ensino Médio.
Em 1941 publicou seu primeiro livro, Paisagem Interior, dedicado ao pai e preparado em segredo, visando bela surpresa. Por ironia do destino, faleceu-lhe o pai sem a ventura de apreciar o seu trabalho. Apesar disso e compensando de certo modo seu sentimento de frustração, o livro mereceu o segundo lugar em concurso de poesia, no Rio de Janeiro. Em 1945, apareceu o segundo livro, Música Submersa. E em 1949, em concurso de livros, promovido pelo Centro de Letras do Paraná, A Sombra no Rio obteve o terceiro lugar e a publicação pela Prefeitura Municipal. Em seguida vieram Trilogia e Poesias Completas. A aposentadoria, em 1962, permitiu-lhe maior tempo e dedicação aos versos. Prova disso são os rebentos Vida Breve, 20 Poemas, Era Espacial, Trilha Sonora, Antologia Poética, Tempo, Correnteza e Infinito Presente. Em 1983, escolheu 22 de seus poemas e publicou-os com o título Poesias Escolhidas. Em 1985, apareceu Sempre Palavra e, em 1988, Viagem no Espelho.
Helena Kolody é detentora do Diploma de Mérito Literário e do título de Cidadã Honorária de Curitiba. Em 1991 foi a segunda mulher (a primeira foi Pompília Lopes dos Santos) a ser eleita para a Academia Paranaense de Letras, Cadeira n.º 28, anteriormente ocupada pelos notáveis poetas Leonardo Henke e Rodrigo Júnior, este – segundo Helena – “Um mestre inesquecível!” Em 1992, quando completou 80 anos, a poeta foi personagem única de filme curta-metragem de Sílvio Back.
É, com certeza, a maior expressão feminina da poesia paranaense, em todos os tempos. Foi recebida na Academia em 25 de março de 1992 pelo acadêmico Leopoldo Scherner. Faleceu em Curitiba em 15 de fevereiro de 2004. (VHJ)
Patrono: Francisco Carvalho de Oliveira (1863-1927)
Fundador: Rodrigo Júnior (João Baptista Carvalho de Oliveira) (1887-1964)
1.º Ocupante: Leonardo Henke (1905-1986)
3.º Ocupante: Belmiro Valverde Jobim Castor (1942-2014)
4.º Ocupante: Nilson Monteiro (1951)