Nasceu em Ponta Grossa, dia 29 de junho de 1922, filho de Felippe e Tereza Justus. Passou a residir em Curitiba a partir de 1957. Bacharel em Ciências Contábeis, economista e auditor, foi também compositor, poeta e escritor. Pertenceu a diversas academias e clubes literários do país.

Sua poesia é uma mistura entre o romântico e o filosófico. Ela faz parte da sua vida como uma espécie de linguagem inter­mediária entre este tempo e outro, desconhecido, mas vislumbrando através da arte em toda sua grandiosidade e beleza. Considera este mundo e o outro uma coisa só.

Na sua obra destacam-se, entre outras, Feito Pássaro, 1984; Um Novo Canto, 1985; Vo­lúpia, 1987; Ecos e Silêncios, 1989; A Alma e o Tempo, 1991; Tempo Breve, 1993; Além das Estrelas, 1995, e Folhas Soltas, 1995, além de várias participações em antologias poéticas, o que o consagrou pela crítica literária e jornalística, levando-o a ser publica­mente reconhecido, face à qualidade estética da sua obra criativa.

Rosário Farani Mansur Guérios, insuspeito filólogo e erudito acadêmico, de saudosa memória, escreveu, certa vez: “Há nos seus poemas muita imaginação, muita filosofia, muita psicologia. O poeta, de certa maneira manifesta com suas produções a saudade do paraíso que perdeu, e não repousa enquanto não alcançar a plenitude da felicidade em outra vida. A poesia de Oldemar busca esses altiplanos. Não tenho receio de errar, ele é dos maiores poetas paranaenses da atualidade.”

Os principais personagens de um poema são a suavidade e o vigor dos versos, na opi­nião de Paul Valery. Pois tais ingredientes emanam da paisagem interior deste artista eclético, professor de esperança e vendedor de sonhos, cujo mister foi acender estre­las e espalhar luz. Diretor-presidente das empresas Justus Auditores Independentes e Justus Consultores Associados S.A., dividiu sua criatividade entre atividade profissional e as cogitações do espírito.

Faleceu em Curitiba em 19 de maio de 2006. Tomou posse da cadeira 30 da APL no dia 11 de junho de 1993, saudado pelo acadêmico Túlio Vargas. (TV)

Patrono: Emiliano David Perneta (1866-1921))
Fundador: José Henrique de Santa Ritta (1872-1944)
1.º Ocupante: Octávio De Sá Barreto (1906-1986)
3.º Ocupante: Adherbal Fortes de Sá Júnior (1939)