Nasceu Francisco Antônio Monteiro Tourinho em Nite­rói (RJ), dia 8 de agosto de 1837. Era filho do coronel de mesmo nome e de Maria Carolina Monteiro Tou­rinho. Entre diversas opções, na hora certa, preferiu o Exército e, em 1860, recebeu a patente de alferes e engenheiro militar. Em seguida, foi nomeado ajudan­te-de-ordens do presidente da Província de São Paulo. Mais tarde, fez parte da Comissão da rodovia Dona Francisca, em Santa Catarina. Foi promovido a tenente em 1861, e no ano seguinte, a capitão. Exerceu o cargo de inspe­tor de Colônias Militares no Paraná e Santa Catarina. Participou também de comissões encarregadas em obras de engenharia e do serviço militar. Exemplos dessa operosida­de podem ser vistos na ponte sobre o Rio dos Papagaios, na antiga Estrada para Mato Grosso, e na da Graciosa, além de incontáveis outras que atestam seu alto conceito profissional. Cultor das letras, deixou muitas publicações. São notáveis as colabora­ções no jornal O Antonina (1873), Revista Paranaense (1881), O Dezenove de Dezem­bro (1907), Jornal dos Poetas. Consta da sua vasta bibliografia Bosquejo Histórico da Estrada da Graciosa. Voltou ao Rio de Janeiro para atender a compromissos militares. No ano seguinte, todavia, retornaria ao Paraná, outra vez, terra que ele tanto amou e serviu. Antonina muito lhe deve. Não fora sua intervenção para o traçado da Estrada da Graciosa, certamente aquela cidade ficaria à margem do desenvolvimento. Os es­tudos e começo de execução do prolongamento dessa importante via foram confiados aos engenheiros militares Antônio Rebouças Filho e ao próprio Monteiro Tourinho, em 1869. A construção teve início em 15 de abril de 1871, no governo Pádua Fleury. A partir de junho de 1882, Monteiro Tourinho assumiu a direção geral dos trabalhos, já na administração do presidente Lamenha Lins, acelerando os serviços. Coube-lhe, em seguida, inspecionar as colônias militares de Chopim, Chapecó e Jataí. Foi autor do primeiro mapa da Província. Dessas missões, deixou relatos interessantes publicados no livro Toiro Passante — Tempo de Província, de autoria de seu neto, acadêmico Luiz Carlos Pereira Tourinho. Faleceu em Antonina no dia 22 de maio de 1885. (TV)

Fundador: Jayme Ballão (1869-1930)
1.º Ocupante: Ildefonso Serro Azul (1888-1949)
2.º Ocupante: Jayme Ballão Júnior (1891-1968)
3.º Ocupante: Elias Karam (1902-1975)
4.º Ocupante: Luiz Carlos Pereira Tourinho (1913-1998)
5.º Ocupante: Rafael Valdomiro Greca de Macedo (1956)