Nasceu em Curitiba no dia 18 de setembro de 1909. Formado em Direito, foi professor do Colégio Estadual do Paraná. Funcionário aposentado do Tribunal de Contas do Estado, caracterizou-se pelo potencial de realização que possuía, liderando e estimulando as mais diversas entidades socioculturais. Foi mentor, organizador e autor de incontáveis iniciativas e fez-se credor da cultura paranaense, pois, certo tempo, quando organismos tradicionais da terra viam-se enxovalhados por mal postadas e aventurescas doutrinas novas, quase sempre passageiras e circunstanciais, e muitas vindas de fora, ereta e forte foi a onipresença de Vasco José Taborda na defesa dos valores regionais, da memória histórica e das instituições paranaenses e paranistas. Devem-lhe muito, o Centro de Letras do Paraná, a Academia de Letras José de Alencar, a União Brasileira de Trovadores e a Soberana e Cavalheiresca Ordem do Sapo. Membro do Instituto Histórico, Geográfico e Etnográfico Paranaense. Foi presidente da Academia Paranaense de Letras por vinte anos, de 1970 a 1990.
Amante do experimental, incursionou por todos os gêneros literários, sendo basicamente o introdutor do prático sistema de divulgação literária conhecido por volantes – geralmente versos recém-elaborados e impressos em ambos os lados de uma folha, de modo a, após dobrada duas vezes, permitir fácil manuseio, favorecendo sua distribuição em reuniões sociais. Leonardo Henke costumava adotá-lo, enfeixando tais escritos, mais tarde, em livro. São quase incontáveis suas publicações. Entre livros, opúsculos e volantes encontram-se Saturnópolis, 1940; Um Episódio da Ocupação de Curitiba Pelas Forças Federalistas, 1944; S. P. Sapé, 1953; Rocha Pombo, 1953; Euclides da Cunha; Rodrigo Júnior; Victor Ferreira do Amaral e Leôncio Correia: Estudos, todos de 1960; O Fisquim, 1963 e Varredores da Madrugada, A Estrela e Eu, Antologia Ilustrada do Folclore Brasileiro, Antologia dos Trovadores do Paraná, Muçarai, Trufas. Participou, com outros intelectuais paranaenses, da História do Paraná, obra publicada em quatro volumes pela editora Grafipar.
Depois de diversos mandatos consecutivos, passou, em 1990, a presidência da Academia Paranaense de Letras a Felício Raitani Neto. Faleceu em 23 de março de 1997. Tomou posse na Academia em 31 de março de 1967, saudado pelo Acadêmico Heitor Stockler. (VHJ)
Patrono: Manoel Euphrasio Correia (1839-1888)
Fundador: Leôncio Correia (1865-1950)
2.º Ocupante: Ário Taborda Dergint de Rawicz (1931-2022)
3.º Ocupante: Regina de Barros Correia Casillo (1945)