Clève, o magistrado que amava árvores e pássaros

Clève, o magistrado que amava árvores e pássaros

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Poucos sabem. Mas o desembargador Jeorling Joely Cordeiro Clève, historiador e escritor, tinha, entre outras, uma paixão confessa: os pássaros e as árvores. Ocupante da cadeira 23 da Academia Paranaense de Letras de 2010 até seu falecimento, em 25 de junho de 2021, destinava parcela considerável de seu tempo à família. Mas igualmente às árvores e às aves, dedicando-lhes atenção e carinho, assim como à biologia, geografia e história, não descuidando-se de suas lides jurídicas e de seus escritos.

A dedicação ao magistrado, ao estudo da história, da literatura e da filosofia, não o afastou dessa “mania” revelada por familiares em sua biografia, escrita pelo jornalista Diego Antonelli e recentemente publicada pela Arte & Letra.

Antonelli demonstra, de forma aprazível, quem era Clève, “o homem por trás da toga”. Sua pesquisa é sustentada por várias fontes bibliográficas e depoimentos afáveis de seus amigos, parentes, filhos, netos e de sua esposa, Dirce Merlin Cléve, que lembra que, depois de cortejada em um baile de formatura, dançou valsa “durante a vida inteira” com seu então galanteador, na época com 21 anos de idade.

A vida de Jeorling Joely Clève, nascido em 31 de julho de 1931, em Guarapuava, parece ter sido embalada pela leveza dos pássaros, das árvores e das letras, ao lado de seu afinco ao Direito e dedicação incondicional à família. Os ares de Guarapuava, Pitanga e Curitiba, especialmente, lhes foram benéficos e facilitaram as variabilidades de sua vida.

Seu filho, Clèmerson Merlin Clève, também dedicado ao Direito e às letras, ocupante da cadeira 3 da Academia Paranaense de Letras desde novembro de 2021, resume quem foi Jeorling Joely Cordeiro Clève: “Seus atos sempre foram corretos, era um modelo para nós”. O livro de Diego Antonelli bem o demonstra.

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