A Academia Paranaense de Letras manifesta profundo pesar pelo falecimento da acadêmica CHLORIS CASAGRANDE JUSTEN que, desde maio de 1997 foi a ocupante da cadeira nº 24, cujo patrono é Luiz Ferreira França. A professora Chloris Justen teve atuação proeminente no magistério e nas letras, em especial na poesia. Esteve ligada a várias entidades culturais paranaenses, como a Academia Feminina de Letras do Paraná, a Academia de Cultura de Curitiba, a Academia José de Alencar, a Academia Paranaense de Poesia e a Sul-brasileira de Letras, o Centro de Letras do Paraná, o Instituto Histórico e Geográfico do Paraná e o Clube Soroptimista das Américas, exercendo nelas papéis relevantes em cargos e funções.
Foi a terceira mulher a entrar para a Academia Paranaense de Letras, da qual foi a primeira mulher a exercer o cargo de Presidente, em duas gestões, de 2012 a 2016. Incansável defensora do ensino da História do Paraná nas escolas estaduais, com o projeto “A Academia vai à escola”. Muito trabalhou para que o Palácio Belvedere se tornasse a sede da Academia Paranaense de Letras, o que se concretizou em 19 de dezembro de 2019.
Chloris Casagrande Justen deixa seu nome associado a um período de vigor e prestígio da Academia Paranaense de Letras, a qual muito deve a seu espírito empreendedor, ao seu entusiasmo pelas causas culturais do Paraná e à sua presença acolhedora e incentivadora nos momentos em que colocou seu nome e sua ação em favor da cultura e da literatura de nosso estado.
Aos familiares da professora e acadêmica Chloris Casagrande Justen os mais sinceros sentimentos de pêsames de todos os membros efetivos da Academia Paranaense de Letras, que ela tão bem orientou e presidiu.
Academia Paranaense de Letras
Uma resposta
EDSON RIBAS MALACHINI
Vida poética
Edson Ribas Malachini
[Em homenagem à D. Chloris Casagrande Justen, por sua posse na Academia Paranaense da Poesia, em 29 de junho de 2006. Com alusão a Camões.]
Procurei a poesia em toda parte;
Procurei no mar e no céu azul;
Fui de leste a oeste, de norte a sul;
E pondo em tal busca “o engenho e arte”,
Debalde a procurava; ela fugia
À homenagem que eu queria prestar-te;
Fugia p’ra longe, p’ra nenhuma parte,
E eu me cansava e desiludia.
Mas nessa alternância de esperança
E de desilusão, a cada dia,
Por entre a tempestade e a bonança,
Na procura incessante de uma via,
Acudiu-me, súbito, a lembrança:
Por que buscar? Tua vida é uma poesia!…