Para o senador e acadêmico Oriovisto Guimarães, há duas maneiras clássicas de um país crescer economicamente. A primeira, quando o governo tem dinheiro e funciona como a locomotiva do crescimento, o que no Brasil atual é impossível. A outra, pela criação de um ambiente favorável para o investimento privado, evitando que os empresários brasileiros invistam fora e incentivando investimentos vindos de outros países.
Em palestra proferida no último dia 24, no Instituto Democracia e Liberdade, em Curitiba, para cerca de 150 pessoas, ele foi taxativo: “Essa é a saída que eu vejo para o Brasil”.
De acordo com Oriovisto, a previsão do governo é de uma economia com inflação estável e com juros relativamente baixos para os próximos anos. Porém, a atual situação econômica é preocupante. “Quase a totalidade do que se arrecada com impostos está comprometida com o serviço público e com a previdência”.
Ele afirmou que para colocar o país novamente nos trilhos do crescimento são necessárias as reformas política, administrativa e tributária, mas, prioritariamente, a reforma política.
“Economicamente, não há muito o que fazer, mas politicamente há muito a ser feito. As reformas não dependem de dinheiro e sim da vontade política. É preciso acabar com a grande quantidade de partidos que temos. Para mudar o perfil do país, também é urgente dar fim ao foro privilegiado, que depende unicamente da votação da Câmara, uma vez que já foi aprovado por unanimidade no Senado”, disse.
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