A contemplação do Universo como um todo, em todas as suas manifestações, se nos apresenta como um grande espetáculo de processos comunicativos, desde o mundo primitivo das micropartículas, passando pelo mundo vegetal e da vida, até atingir a inteligência humana. Assim cada dimensão da Natureza se resume em formas de intercâmbio de experiências compartilhadas, cada qual contribuindo à sua maneira.
Como as ciências atuais têm verificado, o universo da microfísica manifesta variados processos de relacionamento, desde os saltos quânticos de intercâmbio energético, ora como partículas, ora como ondas, permitindo que a inteligência humana explore todas as suas potencialidades de comunicação à distância, permitindo o surgimento de tecnologias revolucionárias na forma de processar informações.
Agora mesmo estamos verificando um momento de grandes transformações no campo da internet, com o advento de uma quinta geração em rede universal de comunicação (5G), o que permitirá uma revolução nunca antes imaginada pelo homem em termos de contato midiático.
Do mesmo modo, o mundo biológico é outra dimensão notável de trocas de experiências no mundo das comunicações, desde a vegetação das árvores e seus processos de fotossíntese, até a autofagia dos animais inferiores em sua luta pela sustentação de suas existências, confirmando um processo aparente de aleatoriedade, intrínseco em sua marcha evolutiva.
Em nível superior, na dimensão humana, os processos comunicativos se tornam imbuídos de propósitos conscientes, no sentido de atingir algo além dos determinismos naturais, dotados que são de criatividade, racionalidade, sentimento e liberdade, características de ação não existentes nas dimensões inferiores, presentes nelas de uma forma apenas instintiva, inconsciente, como expressou Bergson.
Finalmente, a experiência humana vive ainda as formas de comunicação transcendentes, espirituais e místicas, através das quais o ser humano atinge a plenitude de suas aspirações, mantendo formas de comunicação com um mundo superior, cheio de graça e alegria, no qual o Espírito se conscientiza de si mesmo, manifestando-se como inspiração, consolo e amor.