Ata da reunião ordinária de 10 de outubro de 2018

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Aos dez dias do mês de outubro de dois mil e dezoito, no 2.º andar das instalações do Senac, à rua André de Barros, 750, realizou-se mais uma reunião mensal ordinária da Academia Paranaense de Letras, sob a presidência do acadêmico Ernani Buchmann, estando presentes os seguintes acadêmicos: Eduardo Rocha Virmond, Ernani da Costa Straube, Guido Viaro, Adélia Maria Woellner, Nilson Monteiro, Roberto Gomes, Dante Mendonça, Cecília Maria Vieira Helm, Ário Dergint, Ricardo Pasquini, Clemente Ivo Juliatto, Marcio Renato dos Santos, Antônio Carlos Carneiro Neto, Maria José Justino, Albino Brito Freire, Oriovisto Guimarães, Flávio Arns, Darci Piana, Paulo Vítola, Rui Cavallin Pinto e Marta Morais da Costa. O acadêmico Antônio Celso Mendes justificou sua ausência por se encontrar em Florianópolis, onde foi assumir uma cadeira na Almebras. O Presidente Ernani Buchmann saudou a todos, agradeceu a presença e apresentou os convidados da reunião: os professores Eleidi Alice Chautard Freire-Maia e Mário Portugal Pederneiras. Procedeu-se à leitura do Credo Acadêmico pelo acadêmico Clemente Ivo Juliatto e depois à apresentação nominal e pessoal de cada acadêmico presente.  Ao retomar a palavra, o Presidente saudou a presença dos acadêmicos eleitos no pleito de 7 de outubro p.p., a saber o vice-governador Darci Piana, os senadores Oriovisto Guimarães e Flávio Arns. Contando ainda com o acadêmico Rafael Greca de Macedo, atual Prefeito de Curitiba, este resultado “faz da Academia Paranaense de Letras uma entidade única, em que 10% de seus integrantes irão ocupar cargos públicos e majoritários, a partir do próximo ano”. A esse resultado extraordinário e “insofismável”, o Presidente somou a exaltação dos feitos dos acadêmicos da Academia Paranaense neste “momento especial” do ano de 2018 e que, segundo suas palavras, merecem destaque: “Adélia Woellner tem sido constantemente homenageada; Chloris Casagrande Justen acaba de ser distinguida por prêmio pelo governo do Estado, em virtude de sua carreira como educadora e expoente da cultura; René Dotti recebeu ontem do Movimento Pró-Paraná o troféu Guerreiro do Paraná, em cerimônia concorridíssima na Associação Comercial do Paraná; Nilson Monteiro foi objeto de entrevista na TV Educativa nesta semana e recebeu homenagem do Colégio Ateneu, de Londrina, além de estar na mídia pelo lançamento de “A cidade e seus cúmplices”; Marcio Renato dos Santos é o curador da Festa Literária da Biblioteca Pública do Paraná; Dante Mendonça tem seu livro citado como referência no jornal Cândido; Eduardo Rocha Virmond  tem sido entrevistado com muita regularidade como memória viva da história do Paraná; Ricardo Pasquini torna-se editor de revista internacional na sua área científica; Luci Collin lança livros com constância e tem notável recepção pela crítica; Etel Frota vai receber o 2.º lugar no Prêmio José de Alencar na Academia Brasileira de Letras pelo belíssimo romance “O herói provisório”; Paulo Vítola mostrou todas as suas virtudes ao dirigir a comunicação da campanha de Oriovisto Guimarães ao Senado, saindo do zero para atingir mais de dois milhões e oitocentos mil votos; Cecília Maria Vieira Helm lançou com muitos elogios sua obra sobre a demarcação de terras indígenas paranaenses; João Manuel Simões tem recebido constantes elogios por seus textos publicados na revista Ideias; Marta Morais da Costa foi a Angola falar de literatura e é uma das dez selecionadas no concurso do Sesc para contos infantis; Antônio Carlos Carneiro Neto dá longa entrevista para uma equipe que vem do Rio de Janeiro para ouvi-lo sobre o Clube Atlético Paranaense; Rui Cavallin Pinto lança novo livro, assim como Clemente Ivo Juliatto e Oriovisto Guimarães; Antônio Celso Mendes mostra sua vitalidade intelectual e assume uma cadeira na Academia de Letras dos Militares Estaduais do Brasil e Distrito Federal – Almebras; Aderbal Fortes faz uma obra antológica sobre “O tempo de jazz em Curitiba”; Guido Viaro está na berlinda todos os dias com suas obras; Roberto Gomes escreveu a introdução para a nova edição de “O alienista”; Laurentino Gomes é um literato do mundo; Maria José Justino foi curadora da exposição de Juliana Fuganti no MON e membro do Júri do Salão Curitibano de Artes Visuais, Rafael Greca restaura o Belvedere para a APL. Devo ter esquecido alguém, pelo que já me desculpo. A todos, minha gratidão por tornarem a Academia Paranaense de Letras esta casa referencial das letras e da vida cultural paranaense”. Por modéstia, o Presidente não se referiu ao lançamento com sucesso de seu livro mais recente, “Balada com cinco tons de chumbo”. A seguir, o Presidente passou a palavra à professora Eleidi Freire-Maia para apresentar a homenagem ao centenário de nascimento do professor e cientista Newton Freire-Maia. Em apresentação minuciosa e documentada mostrou aos presentes a trajetória riquíssima do homenageado a partir de seu nascimento em Boa Esperança, em Minas Gerais, e todo seu trabalho  em prol da ciência no Departamento de Genética da Universidade Federal do Paraná. Discorreu sobre a família, os estudos e a vasta bibliografia produzida, que se estendeu de 1937 à obra póstuma de 2008, “Verdades da ciência”. Ressaltou suas qualidades de boa memória e de grande contador de histórias. Um cientista que gostava de música, futebol, fotografia e cinema e adorava jazz. Um intelectual que considerava a filosofia a base da ciência e defendia a responsabilidade social do cientista. Após os aplausos, assumiu a palavra o professor Mário Pederneiras, que conviveu com Newton Freire-Maia no Departamento de Genética da UFPR e atestou o amor pela ciência do homenageado, bem como a responsabilidade social, a disciplina , o rigor , a dedicação e o apoio efetivo que demonstrou a seus orientandos e alunos. Dotado de grande inquietação intelectual, dedicava-se integralmente à formação científica de seus alunos. Posicionou-se com firmeza durante a ditadura militar. Informou que  há um projeto de construção do Memorial Newton Freire-Maia, destinado a discutir as várias áreas da ciência. Após os aplausos, o Presidente agradeceu as presenças dos ilustres convidados e passou a palavra ao acadêmico Eduardo Virmond, que foi amigo íntimo do homenageado e acrescentou que ele era uma grande pessoa e muito engraçado. Narrou o episódio da ida a Chicago do professor Freire-Maia, primeiramente impedida pela Reitoria da UFPR, mas aceita após a intercessão do acadêmico. Em maio de 1964, o professor-cientista deu uma aula extraordinária sobre Darwin, que o acadêmico Eduardo Virmond testemunhou. O acadêmico Nilson Monteiro rememorou o convite feito pela Universidade Estadual de Londrina para que o cientista fosse fazer uma conferência, o que, por causa de forte oposição, não aconteceu. Mas uma das salas da UEL recebeu o nome de Newton Freire-Maia. Os convidados se despediram e a reunião passou para a segunda parte. O acadêmico Nilson monteiro prestou contas das vendas de livros realizadas na Semana Literária do Sesc e já pagou àqueles que venderam exemplares. O Presidente informou que o Ippuc pede pagamento de projeto complementar de eletricidade para permitir futuro alvará do Corpo de Bombeiros para o Belvedere. O valor está em torno de R$ 1.500,00. A previsão de entrega do edifício é o segundo semestre de 2019. O acadêmico Oriovisto Guimarães se prontificou a realizar o pagamento. A seguir, o Presidente informou que já estavam prontos os colares acadêmicos, aprovados em reunião anterior, e custam R$ 80,00 a serem pagos ao acadêmico Ernani Straube. O Presidente Ernani Buchmann informou também que em dezembro haverá eleição da Diretoria para o próximo biênio e quem estiver interessado deve preparar a chapa. Houve aplausos para a indicação da reeleição da atual Diretoria. O Presidente agradeceu a confiança e passou a palavra aos acadêmicos recém-eleitos na campanha eleitoral. Darci Piana informou que estava exausto pelas andanças da campanha, chegando a percorrer 1400 quilômetros em dois dias! E expressou a sua esperança de fazer um bom governo e ter o apoio dos novos senadores. O acadêmico Oriovisto Guimarães afirmou que nunca foi político e que viver esta eleição foi uma experiência única. Pôde constatar que, independente de classe ou de condição intelectual, as pessoas demonstravam a vontade de transformação e fé. Considerou que muito deve ao trabalho do acadêmico Paulo Vítola e sua sensibilidade na comunicação. Parabenizou o acadêmico Flávio Arns. E solicitou que todos apresentassem ideias e sugestões para que tenha um bom desempenho no Senado. O acadêmico Flávio Arns falou um pouco sobre a caminhada de campanha por aproximadamente 330 municípios, em que foi recebido por pessoas alegres e querendo fazer a boa política. Afirmou que a vitória é de todos e que vai exercer o nosso mandato, em conjunto com os políticos do Paraná em busca de soluções e de um ambiente de paz. Afirmou que será um trabalho conjunto para que todos se orgulhem, tenham confiança e se sintam representados. O Presidente Ernani Buchmann informou que foi em uma pequena comitiva conversar com o vice-governador eleito, Darci Piana, para manifestar a preocupação com a possível extinção da Secretaria da Cultura. E enfatizou o fato de que não podemos perder ou colocar a secretaria em outro setor para ser tratada pior do que está sendo nesta atual gestão. Afirmou que precisamos ter uma cultura forte no Paraná e que dependemos da intervenção dos três acadêmicos eleitos para que a cultura seja fortalecida com mais recursos, já que é também um fator de desenvolvimento econômico do estado. Passou-se a seguir à eleição para a cadeira de número 37. Foi lido pelo Presidente da Comissão Eleitoral, acadêmico Albino Freire, o parecer sobre o candidato José Pio Martins.  A Comissão aprovou a inscrição e a produção escrita apresentada. O Presidente Ernani Buchmann estabeleceu a comissão de escrutínio, formada pelos acadêmicos Carneiro Neto, Márcio Santos, Nilson Monteiro e Guido Viaro. Após a votação individual de 20 votantes, o resultado foi o de 19 votos para o candidato e um voto nulo. Considerou-se, então, José Pio Martins aprovado para ocupar a cadeira n.º 37. O acadêmico Eduardo Virmond convidou a todos para a 23.ª Semana de História, num apoio conjunto da Academia Paranaense de Letras e do Instituto Histórico e Geográfico do Paraná, a ser realizada de 22 a 25 de outubro próximo, no Círculo de Estudos Bandeirantes. Nada mais havendo a tratar, o Presidente encerrou a reunião da qual eu, secretária, lavrei a presente ata que vai por mim e pelo Presidente assinada.

Curitiba, 10 de outubro de 2018.

 

Ernani Buchmann                                         Marta Morais da Costa

Presidente                                                    Secretária

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