Ata da reunião ordinária de 11 de julho de 2018

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Aos onze dias do mês de julho de dois mil e dezoito, no 2º andar das instalações do SENAC, à rua André de Barros, 750, realizou-se mais uma reunião mensal ordinária da Academia Paranaense de Letras, sob a presidência de Ernani Buchmann, estando presentes os seguintes acadêmicos: Eduardo Rocha Virmond, Ario Taborda Dergint, Flávio Arns, Ernani da Costa Straube, Clemente Ivo Juliatto, Rui Cavallin Pinto, Guido Viaro, Adélia Maria Woellner, Dante Mendonça, Cecília Maria Vieira Helm, Chloris Casagrande Justen, Marta Morais da Costa, Roberto Gomes, Nilson Monteiro, Antônio Celso Mendes, Ricardo Pasquini, Marcio Renato dos Santos e Antônio Carlos Carneiro Neto. Justificaram sua ausência os acadêmicos Renê Dotti, Albino Freire e Darci Piana. O Presidente Ernani Buchmann saudou a todos, agradeceu a presença, e apresentou os convidados da reunião: Márcio Norberto e Georgeana França, representantes do SESC da Esquina, e Ayrton Celestino e Cláudia Mueller, candidatos à vaga nº 37 desta Academia. O acadêmico Antônio Celso Mendes leu o Credo Acadêmico e os demais acadêmicos fizeram sua apresentação aos convidados. A seguir, o Presidente convidou os dois candidatos a apresentar em breve elocução um curriculum vitae de suas atividades culturais. Este formato de apresentação oral poderá ser seguido em outras ocasiões semelhantes, sempre na última reunião antes da eleição para preenchimento de cadeiras vagas. Cada candidato apresentou-se e apresentou suas credenciais à eleição. A seguir, a fala foi concedida aos representantes do SESC e organizadores da Semana Literária, que será realizada no período de 17 a 22 de setembro próximo. A Academia Paranaense de Letras terá um estande próprio para expor, vender e lançar livros, segundo informação de Márcio Norberto. Em sua fala Georgeana França ressaltou a continuidade da Semana Literária, que completa 37 anos de existência. Neste ano o tema será “Literatura no tempo da imaginação”. Márcio Norberto retomou a palavra para informar que o evento se realiza em vários pontos do estado do Paraná em que o SESC está presente, como Londrina, Ivaiporã, Cornélio Procópio e Ponta Grossa, num total de 22 cidades, e, por isso, é um evento único no Brasil. Ele acontece em parceria com a Universidade Federal do Paraná há doze anos e com o apoio do Sesc Paço da Liberdade e da Fecomércio, entidade mantenedora das demais. Há participação de livrarias, por meio de atendimento a editais, editoras universitárias e programação infantil e adulta. Os acadêmicos da APL poderão participar ainda na forma de palestras a serem agendadas futuramente. Há ainda outras atividades realizadas pelo SESC: o escritor Miguel Sanches Neto vai escrever um livro sobre a “Estação Saudade” de Ponta Grossa. Efetiva também a reforma do teatro de Bela Vista do Paraíso e da unidade do SESC naquela cidade. O acadêmico Nilson Monteiro informou que a participação da APL no ano passado foi ótima. A acadêmica Adélia Woellner confirmou sua participação neste ano em Caiobá, Paranaguá e São José dos Pinhais. A acadêmica Marta Morais da Costa elogiou o evento e informou que foi uma das selecionadas no Concurso de Contos Infantis Inéditos a serem publicados pelo SESC e lançados durante o evento. O Presidente Ernani Buchmann informou que foi criado e editado pelo SESC um CD de músicas regionais paranaenses, lançado há duas semanas. Aplausos gerais aos convidados. A seguir, o acadêmico Antônio Carlos Carneiro Neto fez sua apresentação sobre a Copa do Mundo de 2018, considerando-a um evento fantástico, uma homenagem da civilização à harmonia e ao bom senso. Informou que em 2026 já haverá a participação de 48 países. Salientou o clima festivo que se vê nas ruas da Rússia e nas comemorações entusiasmadas tanto no país-sede e nos países participantes, e até mesmo nos que não estão nesta Copa, como as realizadas em Nova Iorque.  No dia de ontem, houve a participação de um milhão de pessoas na avenida Champs Elysées, em Paris. A Copa do Mundo de futebol interfere até politicamente nos países participantes. A FIFA tem mais países integrantes do que a ONU. O futebol mexe com a paixão esportiva, com o exibicionismo e com o nacionalismo. O jogador de futebol é um sucedâneo dos gladiadores. A acadêmica Cecília Helm se referiu ao atraso muito significativo no Brasil atual, seja no esporte, na política ou na economia. E que se ouvem e se leem bobagens a respeito, tanto da esquerda quanto da direita. Não se pode aceitar, segundo ela, a situação atual da Universidade, reflexo desse atraso. Até no futebol se vê a cara do Brasil e que assistiu aos jogos da equipe brasileira com tristeza. O acadêmico Ricardo Pasquini agradeceu a curta e rica exposição do acadêmico Carneiro Neto a respeito da inserção do futebol na vida moderna e buscou verticalizar um pouco a discussão. Trouxe o cotejo entre esporte e lucro. O acadêmico Carneiro Neto passou a dissertar sobre uma proposta da FIFA para limitar os lucros e investimentos milionários no esporte e sobre a simbiose entre esporte, interesse mercantil (ações em bolsa), televisão e anunciantes. A pré-temporada de 45 dias na Europa inclui uma passagem de 15 dias pela China e Índia em amistosos e negócios. A corrupção e o mau gerenciamento estão presentes nos clubes brasileiros. O palestrante foi muito aplaudido. O Presidente Ernani Buchmann acrescentou a informação de que foi graças à compra de delegados que o Qatar vai hospedar a próxima Copa, mesmo que, em território pequeno, os estádios estejam a menos de 20 km uns dos outros. A seguir, o Presidente passou a palavra ao acadêmico Flávio Arns, candidato ao Senado brasileiro, para expor sua plataforma para a cultura. Infelizmente o acadêmico Oriovisto Guimarães, outro dos candidatos, não pôde comparecer. O acadêmico Flávio Arns iniciou sua fala dizendo que o mandato não é dele, “é nosso, é uma corresponsabilidade: entidades, 3º setor, movimentos sociais, universidades. Temos a responsabilidade de nos envolver e o Senado é o lugar de debates”. Afirmou que os detalhes mudam a realidade, como a prática dos esportes. “Fui sempre titular da Comissão de Educação e Cultura na Câmara dos Deputados. A sustentabilidade me interessa e considero sempre três fatores: pessoas, planeta e produção. Temos que buscar mais dois pês: a parceria e a paz.” Apresentou a seguir quatro objetivos de seu mandato futuro: 1. resgatar a participação dos setores todos da sociedade; 2. a cultura tem obrigatoriamente uma interface com a educação e, para reforçar essa ligação, criar um público por meio da transmissão e recriação cultural; 3. repensar o orçamento de 0,3% da Cultura do Paraná e redirecionar os recursos para o interior e para atividades; 4. encontrar mecanismos para o poder público regular e fiscalizar a aplicação dos recursos. Enfim, realizar seminários e audiências, mas principalmente trazer uma plena participação dos cidadãos e respeitar a ética das relações políticas. Após os aplausos, a acadêmica Cecília Helm salientou a necessidade de respeito à diversidade cultural, em especial a dos índios; muitos políticos e empresários não sabem o que é cultura e é preciso pensar uma política para os indígenas. O Presidente registrou os lançamentos dos livros dos acadêmicos Rui Cavallin Pinto (“Mais que palavras”) e Adélia Woellner (“A descoberta do bicudinho-do-brejo”). Também informou sobre o lançamento da “Antologia poética” da acadêmica Luci Collin. Convidou a todos para o evento do dia 7 de agosto próximo na Biblioteca Pública do Paraná com a presença de dois acadêmicos: Laurentino Gomes e Mário Renato dos Santos. Informou sobre o recebimento de dois volumes em doação à Academia: “Bushidô, 100 anos da presença japonesa no Paraná”, de Cláudio Seto e Maria Helena Uyeda e “Desbravadores do Brasil”, editado pelo SESC-DF. A acadêmica Adélia Woellner, ao falar sobre seu mais recente livro, informou, com modéstia, que foi apenas a “alinhavadora” do texto de Bianca Reinert e elogiou a ilustração de Kitty Harwill. O acadêmico Eduardo Virmond informou que pretende encaminhar até dezembro deste ano a edição do número 69 da Revista da Academia e solicita a participação de todos. A acadêmica Chloris Casagrande Justen salientou mais uma vez a importância da realização da formação dos professores para a história do Paraná e do convênio realizado com a Unibrasil para esta parceria com a Academia Paranaense de Letras. E pergunta: em que situação estamos nós no incentivo ao ensino da história do Paraná? Quem assume a responsabilidade da Academia frente a esse convênio? Enfatizou que os convênios vão além da Belvedere e que há necessidade de alguns esclarecimentos sobre ajuda financeira e sobre a pessoa que assumirá esta formação. O Presidente Ernani Buchmann afirmou que desconhecia até o momento este convênio com a Unibrasil, que irá informar-se a respeito e que a Unibrasil está convidada a vir a este plenário apresentá-lo. Quanto à interiorização do trabalho dos acadêmicos para essa formação, o Presidente informou que a Academia precisa encontrar formas de fazer frente às exigências financeiras dessa tarefa. A acadêmica Cecília Helm convidou para o evento em homenagem ao centenário de nascimento de Newton Freire-Maia a ser realizado na Universidade Federal do Paraná em 17 de julho próximo. Nada mais havendo a tratar, o Presidente encerrou a reunião da qual eu, secretária, lavrei a presente ata que vai por mim e pelo Presidente assinada.

 

Curitiba, 11 de julho de 2018.

 

Ernani Buchmann                                        Marta Morais da Costa

Presidente                                                   Secretária

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