Ata da reunião ordinária de 9 de agosto de 2017

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Aos nove dias do mês de agosto de dois mil e dezessete, no 2º andar das instalações do SENAC, à rua André de Barros, 750, realizou-se mais uma reunião mensal ordinária da Academia Paranaense de Letras, sob a presidência de Ernani Buchmann, estando presentes os seguintes acadêmicos: Eduardo Rocha Virmond, Chloris Casagrande Justen, Nilson Monteiro, Adélia Maria Woellner,  Laurentino  Gomes, Ario Taborda Dergint, , Antônio Celso Mendes, Dante Mendonça, Antônio Carlos Carneiro Neto, Flávio Arns, Clemente Juliato, Guido Viaro, Albino Freire, Ricardo Pasquini, Rui Cavallin Pinto, Paulo Vítola, Roberto Gomes e Marta Morais da Costa. Foram justificadas as ausências dos acadêmicos Cecília Maria Vieira Helm, Darci Piana, Clotilde Germiniani e Carlos Alberto Sanches. Na abertura da sessão, o presidente Ernani Buchmann saudou a presença de todos e apresentou os convidados da sessão: Jaime Lichinski e sua esposa Leila Pugnaloni, Carlos Fernando Mazza e Carmem Tex Sodré Goems, esposa do acadêmico Laurentino Gomes. Apresentou a seguir Toninho Martins Vaz, amigo de juventude e de círculo intelectual, escritor de biografias de Paulo Leminski, Torquato Neto e a inédita sobre Zé Rodrix, que fará sua fala após o rito de apresentação dos acadêmicos presentes. Depois da leitura do Credo Acadêmico por Adélia Woellner e a apresentação individual de cada acadêmico, Toninho Vaz começou sua exposição falando de sua ligação com a APL, por intermédio da amizade antiga com o acadêmico Vasco Taborda Ribas. Narrou seu trabalho temporário no Instituto Histórico e Geográfico do Paraná. Discorreu sobre sua formação intelectual, relacionada a pessoas que foi conhecendo ao longo da profissão de jornalista, como Aroldo Murá, Newton Stadler de Souza, Moacir Andrade e Darci Ribeiro, entre outros. Ressaltou a importância do professor Paulo Leminski em sua formação cultural, que transformou a precariedade que lhe era em uma abertura para a cultura mundial. Também se referiu aos vários campos de sua atuação: a literatura, o cinema, a música e a história da Colônia Cecília. E anunciou seu sétimo livro: a biografia de Zé Rodrix. Concluiu sua apresentação afirmando: “Vou ser um aprendiz, sempre!”. O presidente Ernani Buchmann pediu a Toninho Vaz que contasse um pouco mais sobre a experiência de escrever a biografia de Zé Rodrix, um cantor popular e líder maçônico. O palestrante, então, detalhou a face do escritor biografado, mostrada em “Trilogia do tempo”, uma obra monumental editada pela Record com aproximadamente 1 500 páginas, que narram a história da maçonaria, de forma genial, segundo o palestrante. Respondendo a uma nova indagação do presidente, Toninho Vaz apresentou os bastidores da censura a suas biografias, que provavelmente voltarão a ser editadas, depois que o STJ autorizou publicações de biografias, mesmo que não autorizadas. Também falou a respeito da censura o acadêmico Laurentino Gomes, historiando a redação de um manifesto em favor da liberação, escrito e divulgado na Feira de Frankfurt, na Alemanha. O acadêmico Nilson Monteiro trouxe também sua contribuição ao trazer dificuldades semelhantes vividas por Domingos Pellegrini quando escreveu o livro sobre Leminski. Despediram-se os convidados e o presidente passou aos itens seguintes da pauta. Em primeiro lugar, relatou sua participação no 1º Congresso Brasileiro das Academias de Letras, realizado em Niterói (RJ), de 20 a 22 de julho p.p. Em especial, relatou a composição da Academia Fluminense, com 50 membros, divididos por categorias, como ciências e letras. Estiveram presentes no congresso os presidentes das academias de letras do Amazonas, Sergipe, Minas Gerais, Mato Grosso e Paraná e Rio de Janeiro (a Academia Brasileira de Letras, a Academia Fluminense de Letras e a Academia Niteroiense de Letras). Trouxe para o plenário uma das metas estabelecidas pela ABL – e que já se encontra em curso aqui na APL: a de inserir as academias na vida da sociedade. O Congresso abordou os seguintes assuntos: “Contribuição das academias para a preservação do patrimônio cultural”, “Educação, cultura e ética” e “Como melhorar o ENEM e a Base Comum Curricular”.  A Academia Paranaense de Letras se fez representada em todas as mesas de discussão e o presidente Ernani Buchmann foi agraciado com o título de ‘membro correspondente” da AFL. O acadêmico Vladimir Bragança solicitou à APL que sediasse o segundo congresso, afirmando que a disseminação das academias contribui para o futuro do Brasil, de vez que discutir a cultura é uma forma de mudarmos este país. A acadêmica Chloris Casagrande Justen saudou o presidente por sua participação no Congresso e sugeriu encaminhar uma carta de agradecimento, fazendo menção ao fato de que, no ano passado, reunimos em Curitiba todas as academias de letras de nosso estado. A seguir, o presidente lamentou o falecimento recente do acadêmico Apollo Taborda França e sugeriu que a APL tornasse praxe, quando da perda de um de seus membros, a leitura do verbete relativo ao falecido constante da Biobliografia da Academia Paranaense de Letras. Apoiado pelo plenário, o presidente designou o acadêmico Laurentino Gomes para a leitura do verbete referente ao acadêmico Apollo Taborda França. A seguir a acadêmica Adélia Maria Woellner fez um agradecimento especial ao falecido acadêmico, pois ele foi o primeiro a estimulá-la a escrever e editar poemas. Na sequência, o presidente passou a palavra à comissão de avaliação de candidaturas, para parecer sobre a eleição à cadeira de nº 32. O acadêmico Albino Freire, presidente da Comissão, composta também por Ricardo Pasquini e Adélia Woellner, esclareceu que a comissão até há pouco tempo só examinava se o candidato preenchia, ou não, os requisitos da inscrição, passando a partir da presente gestão a examinar também o mérito de cada candidatura, ainda cabe ao plenário, pelo voto secreto, definir o eleito em cada pleito. Procedeu então à leitura de dois relatórios. O primeiro referente ao candidato Ynoque Buscariol, autor de três livros (contos, crônicas e discursos), mas que apresentou apenas um volume de cartas, intitulado “À minha eterna amada”. Faltou clareza e precisão às informações do curriculum vitae, a obra anexada não apresenta qualidades literárias e é de restrito interesse familiar. “Desafortunadamente, a inscrição não atende os critérios da comissão”, concluiu o acadêmico. Passou em seguida à leitura do parecer referente à segunda inscrição, a de Luci Maria Dias Collin. O currículo foi apresentado de modo detalhado e a bibliografia, composta por romances, contos, traduções e poesia, é vasta e diversa. Há inúmeras participações em antologias, abrangendo um amplo espectro artístico no campo da música e das artes. O estilo é original, provoca o leitor e o instiga a ampliar horizontes. É um trabalho irreverente e transgressor, com trajetória singular e nada ortodoxa. O relatório ainda ressalta eu a rotina demais exaustiva de trabalho, além do regime de tempo integral na Universidade Federal do Paraná, espera-se, não venha a comprometer as novas obrigações que a Academia impõe. Os pareceres, colocados em votação, foram aprovados. Na sequência da pauta, passou-se à eleição propriamente dita. Duas questões foram levantadas. O presidente solicitou ao plenário que se manifestasse sobre a possibilidade do recém-eleito acadêmico Roberto Gomes, cuja posse se dará no próximo dia 21 de agosto, e que se encontrava presente à sessão, poderia votar. O plenário deferiu a solicitação. A segunda questão era a leitura da carta enviada pela acadêmica Clotilde Germiniani, contendo a justificativa para sua ausência por razões de saúde e, à parte, um envelope com seu voto. O vice-presidente Eduardo Virmond solicitou que constasse em ata um voto de solidariedade à acadêmica Clotilde, o que foi aprovado por unanimidade. A votação transcorreu em ordem e rapidez. Os acadêmicos Nilson Monteiro, Dante Mendonça e Carneiro Neto fizeram a apuração dos votos. Por unanimidade – 19 votos – foi eleita Luci Maria Dias Collin. O presidente cumprimentou a Comissão de Avaliação pela disponibilidade e pelo trabalho brilhante e criterioso. A seguir, o presidente informou que, por razões de burocracia e de uma total desconexão da Receita Federal com a emissão de certidão negativa e o prazo exigido pelo MinC, teve que abrir mão do pedido de inclusão na Lei Rouanet. Mas que a Prefeitura de Curitiba já assegurou a verba necessária para a remodelação do Belvedere para ser a sede da Academia de Letras do Paraná. E que o IPPUC já está finalizando o projeto arquitetônico. O acadêmico Flávio Arns informou que o arquiteto da Prefeitura, Mauro Magnabosco, está participando das reuniões sobre o Belvedere. O presidente arguiu o plenário sobre a possibilidade de abertura de nova vaga, a da cadeira 22, ocupada até recentemente pelo acadêmico João José Bigarella, recentemente falecido. O acadêmico Ricardo Pasquini solicitou que os currículos fossem apresentados com maior clareza e direcionados aos objetivos da Academia. E que talvez as candidaturas supervenientes pudessem ser levadas à Comissão de Avaliação mesmo antes do prazo final, para que pudessem ser analisadas com tempo. O acadêmico Nilson Monteiro sugeriu que a Comissão de Avaliação pudesse eventualmente requisitar outro membro da APL para apoio ao parecer. O acadêmico Ário Dergint apresentou a sugestão de que o prazo de apresentação do parecer pudesse ser alongado, conforme a necessidade. O presidente Ernani Buchmann esclareceu que, havendo motivo superveniente, a Comissão poderá pedir alongamento do prazo. A abertura de vaga foi aprovada. O presidente agradeceu a presença de todos e encerrou a reunião, da qual lavrei a presente ata, assinada pelo presidente e por mim. Curitiba, 9 de agosto de 2017.

 

 

 

Ernani Buchmann                Marta Morais da Costa

Presidente                                        Secretária

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