Ata da sessão solene de posse acadêmica de Clèmerson Merlin Clève em 22 de novembro de 2021

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Aos vinte e dois dias do mês de novembro de dois mil e vinte e um, às 19 horas, no auditório da sede da OAB/PR, sita à rua Coronel Brasilino Moura, 253 – Ahu, realizou-se , sob a presidência do acadêmico Ernani Buchmann, a cerimônia de Posse Acadêmica de Clèmerson Merlin Clève, estando presentes os seguintes acadêmicos: Ney José de Freitas, Rui Cavallin Pinto, Adélia Maria Woellner, Guido Viaro, , Paulo Vítola, Marta Morais da Costa, Antônio Celso Mendes,  Maria José Justino e Clèmerson Merlin Clève. Justificadas as ausências dos acadêmicos Darci Piana, Oriovisto Guimarães, Flávio Arns, Raphael Greca de Macedo, Etel Frota, João Manuel Simões e Albino Freire. O Presidente abriu os trabalhos cumprimentando as autoridades presentes, familiares e amigos do novo acadêmico. De imediato convidou autoridades presentes para compor a mesa: o Presidente da OAB/PR Cássio Lisandro Telles, o Presidente da APLJ, Clayton Maranhão, a Desembargadora Ana Carolina Zaina, Presidente eleita do TRT 9, o Presidente eleito da Academia Paranaense de Letras Paulo Vítola, o reitor da Universidade Federal do Paraná, Ricardo Marcelo Fonseca e a secretária da Academia, Marta Morais da Costa. O Presidente Ernani Buchmann dirigiu-se aos presentes e declarou aberta “a sessão solene da Academia Paranaense de Letras, especialmente convocada para dar posse na cadeira nº 3 ao advogado e escritor Clèmerson Merlin Clève, que tem como Patrono Jesuíno Marcondes de Oliveira e Sá, Fundador Moysés Araújo Marcondes de Oliveira e Sá, 1º ocupante Flávio Carvalho Guimarães, 2º ocupante Newton Isaac da Silva Carneiro e, como último ocupante, Renê Ariel Dotti. O Presidente da sessão esclareceu de pronto que apenas aqueles que fizerem uso da palavra estarão dispensados do uso de máscaras de proteção. A seguir deu início ao protocolo solicitando aos acadêmicos Maria José Justino e Guido Viaro que conduzissem ao recinto o novo acadêmico, que recebeu os aplausos de saudação dos presentes. O Presidente, então,  convidou a todos para ouvirem o Hino Nacional Brasileiro e após sua execução, solicitou à 1ª Secretária da Academia, acadêmica Marta Morais da Costa que fizesse a leitura do Credo Acadêmico, após o que encarregou a acadêmica Adélia Maria Woellner para, da tribuna, proceder à chamada dos acadêmicos presentes. O Presidente passou em seguida à leitura do ofício de saudação ao novo acadêmico enviado pelo Senador e acadêmico Flávio Arns. A seguir, agradeceu à OAB a cessão das dependências da casa para a realização da cerimônia de posse e salientou serem advogados o novo acadêmico bem como o acadêmico Ney José de Freitas, responsável pelo discurso de recepção. Também o dr. Renê Ariel Dotti, ocupante anterior da cadeira nº3, foi “um dos maiores advogados do Brasil”, e com quem, ressaltou o Presidente, teve uma convivência de décadas desde os estudos universitários, dado que dr. Renê Dotti foi seu professor de Direito Penal e paraninfo de sua turma. Exaltou os anos de trabalho de Renê Dotti nas hostes políticas da Ordem, participando de campanhas memoráveis. “E, na Academia, além da relação e amizade que se solidificou, o professor Renê deu-me a honra de compor a diretoria que agora chega ao fim regulamentar dos mandatos conferidos.” O Presidente concluiu a apresentação: “é advogado este presidente, que também compôs aqui, por mais de 10 anos seu colegiado de gestores. Aqui também receberei na quinta-feira da próxima semana, o diploma de jubilamento a que a Ordem teve a condescendência de me conceder por décadas de exercício profissional.” Por estas razões, segundo o Presidente: “A OAB é uma casa próxima da Academia Paranaense de Letras”. A seguir pediu que fosse rodado um vídeo em que o Ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, saúda o acadêmico Clèmerson Clève por ingressar na Academia Paranaense de Letras. Na sequência convidou o acadêmico Ney José de Freitas a fazer o discurso de saudação ao ingressante. Após saudar as autoridades da mesa, começou seu discurso citando uma frase do ex-Presidente da APL, Vasco José Taborda: “Hoje é dia de pichirum nesta casa”. E iniciou a longa e rica biografia do novo acadêmico, salientando seus títulos, sua atividade como jurista e como professor de Direito, sempre se notabilizando pela profundidade de conteúdo e pelo notável exposição didática. Fez o que denominou “um bosquejo de um cientista do Direito”, para então introduzir a questão da Arte, da poesia e da dramaturgia. Neste aspecto fez referência e citação de alguns versos do homenageado, sem deixar de qualificá-los como “poemas ricos em defesa do povo”, associando sua poética à de Ferreira Gullar. Também sua dramaturgia tem essa presença do homem e da posse da terra. Finalizou seu discurso dizendo: “Entra professor Clèmerson e tome assento na cadeira nº3. Peço-lhe que receba esta homenagem com sua família, sem esquecer seus pais onde tudo começou. Seja bem-vindo.”. Seguindo o protocolo, o Presidente da Academia convidou o novo acadêmico a subir ao  palco e, após a leitura do termo de posse pela Secretária da APL, assinasse o livro e recebesse o diploma que  lhe outorga o título de acadêmico perpétuo. Após a assinatura, o acadêmico Clèmerson Clève recebeu a pelerine das mãos de sua esposa, Marcela Morais Peixoto, e o pin da APL das mãos do Presidente eleito, Paulo Vítola. O novo acadêmico ocupou, então, a tribuna para proferir seu discurso de posse. Após saudar as autoridades, começou por citar Jorge Luís Borges para dizer  que sua vida doravante será outra, com novas responsabilidades e para seguir o exemplo de seu saudoso pai, o acadêmico Joerling Clève. Agradeceu ao Presidente Buchmann o estímulo à postulação para suceder ao dr. Renê Dotti, mas jamais substituí-lo. Enalteceu a visão coletiva de que somos construídos a partir do outro e como tal, precisamos aprender os rituais. Vivenciou isso em casa no amor aos livros e nas representações do justo e do correto. Fez uma reflexão sobre a existência líquida do mundo de hoje, perfilhando as reflexões de Zigmunt Baumann, pensando na inteligência artificial, nos desafios da tecnologia, na economia de empresas grandes demais, na reinvenção das universidades, na gigantesca produção cultural e na falta de tempo para viver o fascínio da arte. Fez uma reflexão sobre sua trajetória profissional em que lutou pela realização dos direitos fundamentais da pessoa, exerceu amorosamente a atividade docente e neste momento acredita nos valores de nossa civilização e no destino da nação, bem como na capacidade de aprendizagem de seu povo. Citando Sophia Brayner, afirmou: “Viver afinal é o eterno recomeçar.” E com esse espírito entra para a Academia Paranaense de Letras. Terminou seu discurso em tom altamente afetivo e emocional homenageando a família de seu antecessor Renê Dotti, cumprimentando amigos e parentes, abraçando filhos e netos e dedicando palavras de profunda afetividade à esposa Marcela Peixoto. Foi muito aplaudido por todos os presentes. Retomando a palavra o Presidente Buchmann expôs a origem histórica da APL, baseada no exemplo da Academia Francesa, apresentou um histórico sintético da APL desde sua fundação em 1936 e tratou da situação atual da nova sede, da biblioteca Norton Macedo, que segue em casa cedida pelo SESC da Esquina, do Observatório da Cultura Paranaense, que congrega 31  entidades da sociedade civil e é presidido pelo Presidente da Academia Paranaense de Letras. Agradeceu a presença de todos, desejou longa e proveitosa convivência do novo acadêmico com a APL, convidou para o coquetel a ser servido na galeria dos presidentes da OAB/PR e encerrou a sessão solene de posse, da qual eu, secretária, lavrei a presente ata que vai assinada pelo Presidente e por mim.

 

Curitiba, 22 de novembro de 2021

 

Ernani Buchmann                                                    Marta Morais da Costa

Presidente                                                               Secretária

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