Filho do poeta Francisco Carvalho de Oliveira – a quem, em 1936, escolheu para Patrono da Cadeira 28, que fundava – e de Amélia Ferreira Ribeiro Carvalho de Oliveira, nasceu em 10 de setembro de 1887, em Curitiba.

Dos preparatórios no Ginásio Paranaense, ingressou no Cur­so Odontológico da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Curiosamente, sem aptidão para o ofício, desdenhou a única prova oral que lhe faltava para pôr as mãos no diploma de cirurgião-dentista. Em 1910, na mesma faculdade, formou-se em Farmácia, estabelecendo-se em Curitiba. Com intenções de abandonar o ofício de boticário, houvera, em 1926, começado o Curso de Direito, no qual acabou por bacharelar-se em 1930. Rodrigo Júnior soube aproveitar a vida na capital federal, que ainda guardava resquícios da velha corte imperial, numa belle époque bem brasi­leira. Frequentando rodas boêmias sem ser propriamente um boêmio, conviveu com Emílio de Menezes e Emiliano Perneta, seus conterrâneos.

Sua bibliografia apresenta, em poesia e prosa: Estrela d’Alva (1905); Torre de Babel (1906); Alô, Alô, Curitiba – revista em um ato levada à cena no Teatro Guaíra (1912); Cânticos e Baladas (1913); Sonatinas Amorosas (1922); Pela Noite da Vida (1923); Um Caso Fatal – novela (1926); O Feminismo Avança – burleta, com a colaboração de Maria Nicolas (1937); Juvenília (1938); Antologia Paranaense – colaboração de Alcebíades Plaisant (1938); Palavras, Leva-as o Vento (1952); Sonetos do Paraná – colaboração de Léo Júnior (1953); Sonetos de Minha Terra (1953).

Rodrigo Júnior foi o grande incenti­vador dos jovens. O movimento futurista do início da década de vinte, englobado pelo Modernismo de 1926, pela amizade que mantinha com os participantes, contou com a compreensão do poeta, já então um veterano. A publicação Letras Paranaenses, 1970, assim se refere ao poeta: “…reuniu, em seu redor, diversas gerações de jovens e velhos literatos, alguns dos quais devem a ele sua iniciação artística.”

Dalton Trevisan e Helena Kolody, entre muitos, frequentavam a casa do poeta. Sobre Rodrigo Júnior, duas obras biográficas são encontráveis em bibliotecas do Estado: Ro­drigo Júnior, de Wilson Bóia, e Rodrigo Júnior: Poeta e Prosador, de Valério Hoerner Júnior, livro este destacado com o primeiro lugar no Concurso Nacional de Ensaios.

Acometido de um derrame cerebral, faleceu em Curitiba no dia 8 de junho de 1964. Foi fundador da APL. (VHJ)

Patrono: Francisco Carvalho de Oliveira (1863-1927)
1.º Ocupante: Leonardo Henke (1905-1986)
2.º Ocupante: Helena Kolody (1912-2004)
3.º Ocupante: Belmiro Valverde Jobim Castor (1942-2014)
4.º Ocupante: Nilson Monteiro (1951)