Das mais fulgurantes inteligências de sua época. Orador primoroso, crítico, novelista e poeta, foi incomparável no talento e no poder criativo. Admirador de Eusébio da Motta, escreveu sobre esse notável pensador ensaio crí­tico denominado Solitário da Luz, no qual lhe enaltece os predicados de mestre. Autor da novela Emy, que alcançou enorme repercussão na dramaturgia paranaense, revela a faceta singular do ficcionis­mo requintado. Poeta admirável, seus sonetos alexandrinos constam da Antologia de Rodrigo Júnior e Alcebíades Plaisant, como expressões de lucidez poética.

Nascido em Paranaguá, no dia 23 de dezembro de 1872, estudou inicialmente na es­cola do professor José Cleto da Silva, seu primeiro mestre. Muitos anos depois, em ja­neiro de 1914, quando se inaugurou, num jardim de Paranaguá, o busto em bronze do notável professor, Santa Ritta produziu fulgurante página sob o título de Um Homem. Concluiu os preparatórios no Ginásio Paranaense e formou-se pela Faculdade Livre de Direito do Rio de Janeiro, em 1895.

Exerceu os cargos de juiz municipal de Cerro Azul, Campo Largo e Lapa. Depois juiz de direito da Capital e procurador da República. Nomeado desembargador em 1919, cargo em que se aposentou.

É um dos fundadores do Centro de Letras e da Academia Paranaense de Letras, em cujas instituições desempenhou funções eminentes, inclusive as de presidente. Admi­rador de Emiliano Perneta, Santa Ritta elaborou inteligente estudo crítico sob o título Ao Redor da Ilusão, em que analisa a temática do festejado autor. Deixou publicadas obras jurídicas e literárias de extremo bom gosto e profundidade.

Casado em 1900 com Helena Azorin Joaquina de Carvalho, não deixou descendentes. Faleceu em Curitiba no dia 20 de julho de 1944. É fundador da APL. (TV)

Patrono: Emiliano David Perneta (1866-1921)
1.º Ocupante: Octávio De Sá Barreto (1906-1986)
2.º Ocupante: Oldemar Justus (1922-2006)
3.º Ocupante: Adherbal Fortes de Sá Júnior (1939)