Filho de Nathan e Rosa Paciornik, nasceu em Curitiba, dia 4 de outubro de 1914, em cuja cidade fez os cursos escolares até a Faculdade de Medicina.

Especialista em ginecologia e obstetrícia, docente dessa clí­nica e professor da Escola de Higiene e Saúde do Estado.

Participou da fundação do Centro Paranaense de Pesquisas Médicas, instituição que se dedica à pesquisa do câncer ginecológico. Do contato com os índios, desenvolveu uma série de estudos importantes, notadamente o parto de cócoras, objeto de conferências suas no Brasil e no exterior, e também livros e outras publicações do gênero. Adquiriu notoriedade internacional. O livro Aprenda a Nascer Com os Índios, editado em português, já ganhou traduções em vários idiomas.

Ele soube conciliar as figuras do médico e do escritor. Contou histórias como ninguém, tanto em livros quanto em crônicas veiculadas na imprensa brasileira, comprovando seu talento extremamente versátil.

Da coluna que escreveu aos domingos na Gazeta do Povo, resultaram os livros Brin­cando de Contar Histórias, Histórias das Terras, Erros Médicos, Aprenda a Nascer com os Índios, Aprenda a Viver com os Índios, Máfia de Branco, Conflitos Psicossociais em Consultório Médico, além de outros. Sobre este último citado, o saudoso presidente da Academia Paranaense de Letras, Vasco José Taborda, escreveu: “Todos os aspectos dos trabalhos hospitalares de obstetrícia são dignos da maior divulgação, pois a experiên­cia dos médicos garante a seriedade dos argumentos transmitidos. Seus erros e acer­tos têm, sempre, desculpas, pois há imensas causas que neles influem. Estas histórias calam fundo, pois revelam a paisagem trágica de uma sociedade em decadência.”

Mas foi com seus livros e métodos adotados em relação aos índios que ele alcançou maior repercussão, dado o assunto polêmico e as ideias revolucionárias, nesse senti­do, que pregava. Tanto quanto médico, cientista ou escritor, nessa extraordinária poli­valência Moysés Paciornik marcou pela competência e dignidade.

Foi constantemente requisitado para conferências que atraíram estudiosos do mundo inteiro. Foi diretor de hospital e de importante centro de pesquisas científicas. Ao in­gressar na APL, em 1993, foi saudado pelo acadêmico Ernani Simas Alves. Faleceu em 26 de dezembro de 2008. (TV)

Patrono: Nilo Cairo da Silva (1874-1928)
Fundador: José Pereira de Macedo (1883-1965)
1.º Ocupante: Mário Braga de Abreu (1906-1981)
3.º Ocupante: Ricardo Pasquini (1938)