Foto: Bebel Ritzmann

Marcio Renato dos Santos costuma dizer, fazendo adaptação de “Só danço samba”, canção de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, que ele, Marcio, literariamente só escreve conto. O crítico Sérgio Tavares afirmou, em A Nova Crítica, que “Marcio Renato dos Santos é, sem dúvida, o mais contemporâneo contista em atividade”. Até o momento, já publicou oito livros de narrativas breves, os mais recentes são A certeza das coisas impossíveis (2018) e A cor do presente (2019).

Sérgio Tavares ainda afirma que, entre a crítica e uma espécie de absurdidade prosaica, “Marcio Renato dos Santos se consagra um autor que não busca um rótulo temático, mas firmar uma obra na qual a arte da escrita se vira feito uma antena para seu tempo, estabelecendo sinais de conectividade com a malha social”.

Essa contemporaneidade fez com que o autor curitibano tivesse um conto traduzido para o alemão, conteúdo incluído na antologia Were sind bereit, publicada na Alemanha em 2013, ano em que o Brasil foi o país homenageado na Feira de Frankfurt. Em 20 de maio de 2015, Marcio Renato dos Santos foi atração do 5.º Festival Nacional do Conto, em Florianópolis.

O contista que pesquisa, estuda e escreve contos também é jornalista, graduado pela PUCPR em 1996. Produziu centenas de reportagens para a Travessa dos Editores, de março de 2003 a setembro de 2007, período em que atuou nas revistas Ideias e Et Cetera – há quatro anos ele publica um conto inédito todo mês na Ideias. De outubro de 2007 até abril de 2011 foi repórter na Gazeta do Povo, no suplemento de cultura Caderno G, espaço em que publicou reportagens, entrevistas, crônicas e especiais sobre literatura – Marcio é mestre em Estudos Literários pela UFPR.

A convite do então secretário da Cultura do Paraná, Paulino Viapiana, atuou de junho de 2011 até junho de 2012 como assessor de comunicação do Museu Oscar Niemeyer (MON).

Em seguida, também convidado por Viapiana, assume em junho de 2012 (até dezembro de 2018) atividades no Núcleo de Edições da Secretaria de Estado da Cultura, nas dependências da Biblioteca Pública do Paraná. Produz conteúdo jornalístico para o jornal Cândido e a revista Helena, colabora na assessoria de imprensa, edita livros, realiza a função de mediador de bate-papos e a curadoria da Festa Literária da Biblioteca (Flibi) em 2017 e 2018.

Em 2019, não mais atuando no governo do Paraná, é convidado, por Ilana Lerner, diretora da Biblioteca Pública do Paraná, para ser o curador da terceira edição da Flibi, realizada de 22 a 26 de outubro de 2019 na BPP, em Curitiba, e também em cinco cidades paranaenses (Cascavel, Foz do Iguaçu, Londrina, Maringá e Ponta Grossa), com mais de 40 convidados e 50 atrações.

Atualmente coordena, em parceria com Guido Viaro, “Às vezes, aos domingos”, projeto mensal que viabiliza palco virtual para autores paranaenses durante a pandemia desde julho de 2020. Já participaram da proposta Oscar Nakasato, Jaqueline Conte, Luiz Felipe Leprevost, Eliege Pepler, Carlos Machado, Francine Cruz, Alexandre Gaioto, Marianna Camargo, Fábio Campana, entre outros autores, incluindo os acadêmicos Paulo Venturelli, Etel Frota e Ernani Buchmann.

Filho do engenheiro agrônomo Luiz Carlos dos Santos e Júlia Moreira dos Santos, Marcio, nascido em 28 de abril de 1974 (o mais jovem acadêmico no momento), vive com Fabiola Mann Pereira e é pai de Vitor Mann Pereira dos Santos. Eleito para a Academia em 11 de abril de 2018, tomou posse da Cadeira 36 em 16 de julho de 2018, em cerimônia realizada no Paço da Liberdade, com saudação de Guido Viaro.

Patrono: Ricardo Pereira de Lemos (1871-1932)
Fundador: Heitor Stockler de França (1888-1975)
1.º Ocupante: Apollo Taborda França (1926-2017)