Nascido em Palmeira, em 5 de novembro de 1888.

Para sua cidade natal concebeu um dos poemas mais expres­sivos da poética regional. Mas foi em Curitiba que cumpriu a luminosa trajetória no campo sindical e na criação artística. Com o advento do sindicalismo, pelos idos de 1944, sua atu­ação dinâmica e esclarecida aglutinou lideranças no Sindicato das Indústrias Gráficas, tornando homogênea a unidade clas­sista. Não surpreendeu que estivesse entre os fundadores da Federação das Indús­trias, ocupando-lhe a presidência durante 14 anos consecutivos.

Não descurou da literatura durante o período em que exerceu essas funções admi­nistrativas. Seus dotes literários revelaram-se na adolescência, pois aos 15 anos de idade já via publicados seus versos, recebidos com aplausos e elogios. Produzia to­dos os gêneros, sonetos, trovas, cançonetas, acrósticos, ora em forma acadêmica ora em versos livres, modernos, obedientes tão-somente aos impulsos do coração. Conservou nos versos a ternura do jovem estudante que, em Curitiba, completou os estudos no Ginásio Paranaense e, posteriormente, a Faculdade de Direito da Universidade do Paraná.

Participou ativamente do meio cultural curitibano, da fundação da APL, foi membro de diversas entidades sociais, profissionais e literárias. Pertenceu ao Centro de Letras do Paraná, ao Instituto Histórico e Geográfico e a outros congêneres, com atuante desem­penho. Praticou sempre o jornalismo, escrevendo para programas de rádio, jornais e revistas matérias da sua especialidade. Durante anos assinou, no Diário da Tarde, a coluna Motivos da Cidade, crônicas sobre assuntos do dia-a-dia. De sua autoria tam­bém várias letras para hinos, musicados por Bento Mossurunga. De sua bibliografia importante podemos destacar, na área de poesia, Corolas Rubras (1911); Curitiba e o Sol (1928); Oração do Natal (1931); Poemas de Natal (1973); Cantos da Integração Na­cional (1974) e Alma e Coração do Paraná (1983). Também incursionou na arte teatral com Sara (comédia, 1916); Cena Infantil (comédia, 1925); Prece do Natal (comédia); Coração; Dezenove de Dezembro (1922) e A Musa e o Poeta (1946).

Pai do acadêmico Apollo Taborda França, que o sucederia na Cadeira n.° 36. Faleceu em Curitiba no dia 11 de janeiro de 1975. O palmeirense ilustre jamais se cansava de evocar sua cidadezinha natal: “pequena e linda, entre os dois rios da minha infância, mas que apesar da distância, penso em ti.” (TV)

Patrono: Ricardo Pereira de Lemos (1871-1932)
1.º Ocupante: Apollo Taborda França (1926-2017)
2.º Ocupante: Marcio Renato dos Santos (1974)