Academia e Rotary – histórias em comum

Academia e Rotary – histórias em comum

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Traçando paralelos entre as entidades – Rotary Club de Curitiba, que comemora 90 anos de existência, e Academia Paranaense de Letras (APL), que chega aos seus 87, o presidente da APL, Paulo Vitola, proferiu palestra, no último dia 26, sobre rotarianos que também foram acadêmicos e o que fizeram em diversas atividades, projetando o Paraná para o Brasil e, não poucas vezes, para o mundo.

Fez um breve perfil de fundadores da instituição, como Agostinho Ermelino de Leão, João Cândido Ferreira e José Pereira de Macedo; primeiros ocupantes de cadeiras: Oscar Martins Gomes, Júlio Estrella Moreira, Carlos Stellfeld, Octávio De Sá Barreto, Vasco José Taborda Ribas e Apollo Taborda França, e segundos ocupantes de cadeiras: Arthur Santos, Ernani Guarita Cartaxo, Newton Isaac da Silva Carneiro e Rui Noronha de Miranda.

Vitola enfatizou que cada um dos associados que passaram pelo Rotary Club de Curitiba, fundado em 1933, tornou “o mundo mais solidário e mais humano”. Acrescentou que essa instituição é apenas três anos mais velha que a APL. “Somos instituições coetâneas e conterrâneas. Nascemos quase ao mesmo tempo, na mesma cidade. E nessa altura da existência – o Rotary com 90 e a Academia com 87 – somos como velhos amigos, com muitas personagens e histórias em comum para lembrar.”

O presidente da Academia Paranaense de Letras lembrou o cenário histórico quando do surgimento das duas instituições. “A década de 1930 começou com a revolução que levou Getúlio Vargas à presidência da República e o interventor Manoel Ribas ao governo do Paraná. Nosso estado tinha, ao todo, 1 milhão de pessoas que viviam em 27 cidades. Entre elas, a mais populosa era Curitiba, com 100 mil habitantes.

Destacavam-se em nossa paisagem urbana a Rua XV, a Catedral, a Estação Ferroviária, o Paço da Liberdade, a Santa Casa, a Universidade do Paraná, o Passeio Público, os bondes elétricos, algumas praças e as belas mansões erguidas por ervateiros e madeireiros. A erva-mate e a madeira eram nossas principais riquezas.

Nossos edifícios mais altos eram o Palácio Avenida e o Garcez. Já tínhamos luz elétrica, telefone, cinema, teatro, clubes, uma emissora de rádio, alguns automóveis e pouquíssimas ruas calçadas no centro da cidade.

O ponto mais alto de Curitiba era o alto do São Francisco, onde quem subia à sacada do Belvedere, hoje sede da nossa Academia, podia enxergar quase toda a cidade e admirar a esplendorosa vista da Serra do Mar.

Foi nessa Curitiba que, em 26 de setembro de 1936, intelectuais de diversas áreas do conhecimento fundaram a Academia Paranaense de Letras. Entre eles, estavam presentes os rotarianos João Cândido Ferreira e José Pereira de Macedo. E, em memória, o também considerado fundador, mas na ocasião já falecido, Agostinho Ermelino de Leão.

Tudo que falarmos será insuficiente para mostrar o quanto esses treze rotarianos, membros da Academia Paranaense de Letras, influíram nos mais diversos aspectos da vida social, intelectual, artística e científica do seu tempo”, frisou Vitola.

Ele recordou que acadêmicos atuaram nos vastos campos da Política, da Medicina, da História, das Ciências Jurídicas, da Farmácia e da Botânica, do Jornalismo e da Literatura, da Poesia e da Preservação Ambiental. “Vale a pena guardar a memória dos seus feitos e dos seus nomes. João Cândido Ferreira, José Pereira de Macedo, Agostinho Ermelino de Leão, Oscar Martins Gomes, Júlio Estrella Moreira, Carlos Stellfeld, Octávio De Sá Barreto, Vasco José Taborda Ribas, Apollo Taborda França, Arthur Santos, Ernani Guarita Cartaxo, Newton Isaac da Silva Carneiro e Rui Noronha de Miranda.”

Ao finalizar, Vitola acentuou que mencionara 14 diferentes instituições culturais em que os acadêmicos rotarianos atuaram em benefício da comunidade. “A ação cultural esteve no centro da sua existência. Foram vidas empenhadas em promover a diversidade, a educação, a compreensão, a paz, a criatividade. Vidas devotadas ao diálogo, à troca de ideias, à sensibilização para as causas que mais importam ao bem-estar de todos.”

E, segundo ele, ao homenagear esses acadêmicos o Rotary Club de Curitiba cumpria com seu lema ao comemorar dez décadas de existência: “Um mundo melhor depende de nossas próprias ações”.

2 Respostas

  1. Agradecemos como brasileiros toda contribuição e ajuda em nosso progresso e prosperidade, A muito a se fazer agora para curar os males da nação, mas a academia sempre estará presente, como nos inspirou o brilhante discurso. Parabéns.

  2. Estimado e valoroso Presidente Paulo Vítola, vossa apresentação foi digna de um imortal, ao representar a Academia Paranaense de Letras e mostrar a contribuição que os seus integrantes rotarianos deram ao Estado, foi notável e memorável. Parabéns!

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