Ata da reunião ordinária de 13 de novembro de 2019

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Aos treze dias do mês de novembro de dois mil e dezenove, no 2º andar das instalações do Senac , à rua André de Barros, 750, realizou-se a reunião mensal da Academia Paranaense de Letras, sob a presidência do acadêmico Ernani Buchmann, estando presentes os seguintes acadêmicos: Eduardo Rocha Virmond, Ario Taborda Dergint, Flávio Arns, João Manuel Simões, Rui Cavallin Pinto, Guido Viaro, Adélia Maria Woellner, Clemente Ivo Juliatto, Etel Frota, Chloris Casagrande Justen, Marta Morais da Costa, Roberto Gomes, Ricardo Pasquini, José Pio Martins, Maria José Justino e Cecília Maria Vieira Helm. Justificadas as ausências dos acadêmicos Albino Brito Freire, Renê Ariel Dotti e Darci Piana. O Presidente abriu a sessão agradecendo da presença de todos. Expressou sua admiração pela constante e numerosa produção literária dos acadêmicos, saudando o recente lançamento de livros dos acadêmicos Guido Viaro, Etel Frota, Carneiro Neto e Adélia Woellner. A seguir apresentou a palestrante da reunião, a professora Cassiana Lícia de Lacerda, que tratará das questões do patrimônio histórico do Paraná, em especial de Curitiba. A seguir, a acadêmica Chloris Casagrande Justen leu o Credo Acadêmico e houve a apresentação individual dos acadêmicos presentes. Passada a palavra à palestrante, uma das referências intelectuais na área do patrimônio e da literatura do Paraná, a professora Cassiana Lacerda começou sua fala tratando do desconhecimento da história de nosso estado, que leva à desinformação, ao descaso e à divulgação de alguns equívocos. Iniciou por mostrar o Marco dos 150 anos de emancipação do Estado que está plantado na Praça Tiradentes. Por motivos inexplicáveis, a pedra que lá se encontra é a original e está exposta às intempéries e aos riscos do vandalismo. Esse fato se expande para outros monumentos e objetos históricos do estado. A pouca atenção dada ao patrimônio histórico faz com que o acervo extraordinário do historiador David Carneiro esteja confinado e quase esquecido em uma sala do Museu Paranaense. Faz com que equívocos sejam cometidos com as esculturas polêmicas que estão na praça Dezenove de Dezembro, arte do escultor Erbo Stenzel. A palestrante se referiu ainda à questão de atribuição de autoria ao prefeito Cândido de Abreu (gestões de 1892 a 1894 e 1913 a 1916) em relação ao Passeio Público e ao Belvedere. Referiu-se à forte presença e influência do belga Barão Edouard Fontaine de Laveleye nas ideias e projetos arquitetônicos das gestões de Cândido de Abreu. Nos espaços citados, questionou a atribuição de autoria ao prefeito. Foi aplaudida ao final de sua provocadora palestra. A acadêmica Etel Frota referiu-se ao destino ignorado da pedra fundamental da província do Paraná que deveria estar no Museu de Paranaguá, onde se encontra atualmente uma réplica. A palestrante usou do exemplo para confirmar sua tese do descaso manifesto continuamente com o patrimônio histórico. O acadêmico Flávio Arns recuperou as iniciativas de sua gestão no governo do Estado anterior no sentido de tornar o espaço em torno do Belvedere um espaço de convivência cidadã e de cultura. Também se referiu às possibilidades de convênio com o Governo Federal para a realização de projetos de preservação histórica e se colocou, enquanto Senador da República, para viabilizar esses projetos. Incluiu ainda em sua fala a relevância da educação como formação de conhecimento e de respeito ao patrimônio. A seguir, como parte da pauta de assuntos administrativos, o Presidente anunciou a conclusão da impressão da Revista da Academia Paranaense de Letras, nº 69, que já está à disposição dos acadêmicos nesta sala de reunião. Elogiou novamente o trabalho de edição assumido pelo vice-presidente da APL, o acadêmico Eduardo Virmond, e parabenizou pela qualidade da impressão da revista, realizada pela Posigraf, a quem novamente agradeceu a parceria. Elogiou ainda o conteúdo dos artigos da revista, a cargo dos acadêmicos e de alguns autores convidados. A acadêmica Chloris Casagrande Justen descreveu a cerimônia de entrega dos prêmios do concurso “Palavra Viva”, realizado pelo convênio da APL com o Colégio Positivo e na qual ela foi homenageada e recebeu o carinho de professores e alunos. O Presidente relatou aos presentes a criação do Observatório da Cultura Paranaense e de seu Estatuto, de que participaram quinze entidades culturais do estado do Paraná. No Estatuto aprovado ficou estabelecido que a Presidência do Conselho Consultivo da entidade será sempre ocupada por um dos membros da Academia Paranaense de Letras. A iniciativa, sua realização e decisões foram aplaudidas pelos presentes. O Presidente Ernani Buchmann informou sobre a inauguração no próximo dia 16 de dezembro da Estação Saudade, restaurada e revitalizada como unidade cultural do Sesc na cidade de Ponta Grossa, contando com sala de exposições, sala-museu da ferrovia, café e escola gastronômica do SENAC e outros equipamentos. Convidou os acadêmicos a participar de uma caravana que sairá nesse dia de Curitiba para prestigiar o acontecimento. A adesão será livre e os acadêmicos serão informados posteriormente sobre traslado e horários. Convidou a todos para a reunião-almoço de final de ano, que acontecerá no dia 11 de dezembro a partir das 11h. Na ocasião será concedido o título de Membro Honorário ao escritor, professor e filólogo Deonísio da Silva, conforme decisão já homologada pela diretoria e agora submetida ao plenário. A aprovação foi unânime para a concessão desse título. Ficou confirmada a data de 19 de dezembro próximo para a inauguração do Belvedere, a futura sede da Academia Paranaense de Letras. O Presidente designou o acadêmico Nilson Monteiro para representar a APL na reunião anual da ALCA. Registrou ainda a doação de livros à APL pelo escritor Décio Adams. Informou que estavam à disposição dos acadêmicos alguns volumes da obra “Uma serenata em Paris”, de sua autoria e lançada em dezembro passado. A acadêmica Adélia Woellner relatou a alegria e o entusiasmo dos participantes do projeto realizado em municípios paranaenses para o estímulo à leitura e à criação de textos, que culminou em um encarte à sua obra “A montanha dos Encantos”, lançada na Biblioteca Pública do Paraná com sucesso. Nada mais havendo a tratar, o Presidente encerrou a reunião, da qual eu, secretária, lavrei a presente ata que irá assinada pelo Presidente e por mim.

 

Curitiba, 13 de novembro de 2019

 

Ernani Buchmann                               Marta Morais da Costa

Presidente                                           Secretária

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