Aos doze dias do mês de março de 2018 teve lugar a posse solene da nova integrante da Academia Paranaense de Letras, Etel Frota, no Salão de Atos do Paço da Liberdade, sito à Praça Generoso Marques, em Curitiba, às 19h30 horas. Ela ocupará a cadeira nº 22, cujo patrono é Monsenhor Manoel Vicente Montepoliciano da Silva, substituindo o acadêmico João José Bigarella. Sob a presidência do acadêmico presidente Ernani Buchmann, a sessão contou com a presença dos acadêmicos Adélia Maria Woellner, Nilson Monteiro, Dante Mendonça, Guido Viaro, Rui Cavallin Pinto, Darci Piana, Albino Brito Freire, Ário Taborda Dergint, Chloris Casagrande Justen, Eduardo da Rocha Virmond, Cecília Vieira Helm, Leo de Almeida Neves, Antônio Celso Mendes, Roberto Gomes, Aderbal Fortes de Sá Júnior, Antônio Carlos Carneiro Neto, Clemente Ivo Juliato e Marta Morais da Costa. Justificaram a ausência os acadêmicos Paulo Venturelli, Renê Ariel Dotti, Laurentino Gomes, Roberto Muggiati e Ricardo Pasquini . Dando por aberta a sessão, o presidente saudou os presentes, convidou a acadêmica Adélia Maria Woellner para proceder à apresentação dos acadêmicos presentes, e a seguir nomeou os componentes da mesa diretora da cerimônia, a saber, os acadêmicos Darci Piana, Eduardo Virmond, Nilson Monteiro e Marta Morais da Costa, além da ex-Secretária de Estado da Educação, professora Gilda Poli Rocha Loures, e convidou a todos para ouvirem o Hino Nacional Brasileiro, executado ao bandolim por Dudu Ramos. Após a execução do hino, o presidente fez um breve histórico da origem das academias, que reúnem humanistas em nome da cultura e de sua expansão. Falou sobre a importância cultural e a presença marcante da Academia Paranaense de Letras no contexto paranaense, e nesta noite especial ao recepcionar uma artista plural como Etel Frota, letrista, musicista, poeta e romancista. Finalizou sua fala convidando as acadêmicas Chloris Casagrande Justen e Adélia Maria Woellner a conduzirem a nova acadêmica ao recinto central da cerimônia, o que foi feito sob salva de palmas dos presentes. O presidente solicitou à secretária da Academia que procedesse à leitura do termo de posse, que foi assinado pela empossada. Na sequência, o presidente leu o texto do diploma, igualmente assinado. Ato contínuo, a mãe da acadêmica, senhora Izabel Arrebola de Souza, revestiu-a da pelerine, marco oficial da integração da empossada na APL, o que ocorreu sob os aplausos da plateia. Ao longo da cerimônia houve a apresentação de três canções compostas pela nova acadêmica, executadas pelo músico Dudu Ramos e nas vozes de Cris Lemos e Suzie Franco, todos muito aplaudidos. A seguir, foi convidado o acadêmico Roberto Gomes para fazer a saudação oficial a Etel Frota. Em seu discurso, enfatizou a amizade de mais de 30 anos que mantém com a homenageada, tomando como objetivo de sua fala responder à questão: quem era e é Etel Frota? Discorreu as diferentes fases da vida da recém-empossada acadêmica. Segundo ele, “Os amigos são as presenças com as quais contamos.” Expressou a surpresa que sentiu ao descobrir na companheira de conversas e discussões sobre literatura, a artista, poeta, musicista e romancista de alto valor. O acadêmico Roberto Gomes considera o primeiro e recente romance de Etel Frota, “O herói provisório”, “um texto rigoroso, firme, direto. Nada artificial, de fidelidade histórica e linguagem delicada. Enfim, um romance de verdade.” Juntou às reminiscências afetivas e familiares, a importância da escritora que se supera em cada obra. Deu as boas-vindas a Etel Frota na Academia e encerrou sua fala. A seguir, o presidente Ernani Buchmann cumprimentou o acadêmico pelo brilhante discurso. Os músicos presentes executaram mais uma canção da nova acadêmica que, a seguir, foi convidada a fazer seu discurso de posse. Iniciou sua fala expressando seu orgulho por usar pela primeira vez a pelerine da Academia Paranaense de Letras. Rapidamente falou de sua formação em Medicina para associá-la à cadeira nº 22 que, segundo ela, nasceu associando ciência e fé. E homenageou todos os ocupante das cadeira e também seu patrono: Monsenhor Manoel Vicente , os acadêmicos Dom Alberto Gonçalves, Carlos Stelfeld e Metry Bacila. Homenageou, ainda, a acadêmica Clotilde Germiniani, recentemente falecida. Tratou de sua autobiografia escolar, descreveu suas primeiras leituras, em especial os livros do “Tesouro da juventude” e sua ilustração na guarda dos livros. Entremeou sua fala com agradecimentos às pessoas que marcaram sua trajetória e que se encontravam presentes. Ao final, discorreu sobre a presença da revolução digital na sociedade moderna e se referiu ao mundo desconhecido da dos bytes e da literatura geek, nerde dos youtubers para quem vem, como muitos dos presentes, de uma cultura analógica. Qualificou a internet como a superposição dos três círculos de Dante, com a predominância do primeiro deles. Encerrou sua fala entre entusiasmados aplausos do público. O presidente Ernani Buchmann cumprimentou-a pelo excelente discurso, convidou a todos para um “vin d’honneur” e encerrou a cerimônia, da qual lavrei a presente ata que vai assinada por mim, secretária, e pelo Presidente da Academia.
Ernani Buchmann Marta Morais da Costa
Presidente Secretária
Deixe uma resposta