Ata da sessão solene de posse de Luci Maria Dias Collin

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Aos trinta dias do mês de outubro de 2017 teve lugar a posse solene da nova integrante da Academia Paranaense de Letras, Luci Maria Dias Collin, no Salão de Atos do Paço da Liberdade, sito à praça Generoso Marques, em Curitiba, às 19h30. Ela ocupará a cadeira nº 32, cujo patrono é Joaquim Chichorro Júnior, substituindo o acadêmico José Wanderlei Resende. Sob a presidência do acadêmico Ernani Buchmann, a sessão contou com a presença dos acadêmicos Adélia Maria Woellner, Nilson Monteiro, Paulo Venturelli, Dante Mendonça, Guido Viaro, Rui Cavallin Pinto, Darci Piana, Ário Dergint, Chloris Casagrande Justen, Clotilde Germiniani, Eduardo da Rocha Virmond, João Manuel Simões e Marta Morais da Costa. Justificaram a ausência os acadêmicos Ernani Straube, Renê Dotti, Maria José Justino e Cecília Vieira Helm. Dando por aberta a sessão, o presidente saudou os presentes, convidou a acadêmica Adélia Maria Woellner para proceder à apresentação dos acadêmicos presentes, e a seguir nomeou os componentes da mesa diretora da cerimônia, a saber, os acadêmicos Darci Piana, Eduardo Virmond, Nilson Monteiro e Marta Morais da Costa e convidou a todos para ouvirem o Hino Nacional Brasileiro. Após a execução do hino, o presidente fez um breve histórico da origem das academias, falou sobre a importância cultural e a presença marcante da Academia Paranaense de Letras no contexto paranaense, e nesta noite especial ao recepcionar uma poeta de alta qualidade como Luci Collin. Finalizou sua fala convidando os acadêmicos Paulo Venturelli e Nilson Monteiro a conduzirem a nova acadêmica ao recinto central da cerimônia, o que foi feito sob a salva de palmas dos presentes. O presidente solicitou à secretária da Academia que procedesse à leitura do termo de posse, que foi assinado pela empossada. Na sequência, o presidente leu o texto do diploma, igualmente assinado. Ato contínuo, o pai da acadêmica, Harold Collin Junior, revestiu-a da pelerine, marco oficial da integração da empossada na APL, o que ocorreu sob os aplausos da plateia. A seguir, foi convidado o acadêmico Guido Viaro para fazer a saudação oficial a Luci Collin. A partir de três perguntas essenciais (De onde viemos? Quem somos? Para onde vamos?), o orador desenvolveu sua linha de raciocínio e de exposição oral, questionando a trajetória humana até o momento presente, em que novos olhos e outras maneiras de reprodução são necessidade prioritária. Discorreu sobre as tecnologias e sua superação inevitável, bem como o pensamento de que as ideologias só produziram tiranos. Defendeu a ideia de que “nós queremos o mundo vivo” e que as áreas do conhecimento precisam de renovação. E neste sentido, a entrada da acadêmica Luci Collin vem trazer alento renovado à APL, tenho em vista sua múltipla atividade e uma obra que “desenha em seus personagens a indefinível existência humana e a traduz em palavras pontudas.”. Afirmou ainda que “quem mergulha na literatura de Luci Collin está condenado a ser/sair dela diferente.” Conclui sua fala lendo um dos poemas da nova acadêmica. Retomando a palavra, o presidente convida a acadêmica Luci Collin para seu discurso de posse. Ela inicia sua oração pelo agradecimento às palavras do acadêmico Guido Viaro e à orientação sempre segura em assuntos culturais dos acadêmicos João Manuel Simões e Eduardo Virmond. A seguir louva a poesia de Helena Kolody e discorre sobre seus antecedentes na cadeira de nº 32: Joaquim Chichorro Júnior, Alceu Chichorro – o chargista de Chico Fumaça – e José Wanderley Resende. Afirma que as atribulações da contemporaneidade, como a massificação, a vulgarização do saber, o colapso financeiro, a exaustão da mãe Terra e a corrupção dos valores acabam por produzir uma sociedade marcada pela segregação e pelo preconceito. E falar das belas letras traz intrinsecamente uma indagação sobre o papel do escritor neste mundo. Segundo a acadêmica, a saída pode estar na desalienação do escritor e no tratamento libertador da linguagem. É preciso buscar a escrita criativa para reconectar o escritor à sociedade e dar-lhe um espaço de existência moral e ética. Uma literatura de encantamento e de reconhecimento pode dirigir-se ao coração do homem, para que, em meio aos estertores do mundo, a palavra possa reafirmar a beleza da vida. Termina sua fala lendo um poema de sua autoria, que esteticamente aborda as questões levantadas anteriormente e as transcende por meio da literariedade. Após intensos aplausos, o presidente retoma a palavra, cumprimenta a novel acadêmica e convida os presentes para a posse, no dia 14 de março de 2018, da recém-eleita acadêmica Etel Frota para a cadeira nº 22. Ao encerrar a sessão solene, o presidente agradeceu a presença de todos e convidou para o coquetel a ser servido nas próprias dependências do Paço da Liberdade. Desta sessão solene de posse lavrei a presente ata que vai assinada pelo presidente Ernani Buchmann e por mim, secretária, que a redigi. Curitiba, 30 de outubro de 2017.

 

Ernani Buchmann – Presidente

Marta Morais da Costa – Secretária

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